Já foi o tempo em que era vantagem ter uma motocicleta na hora de encontrar um local para estacionar no Rio. Enquanto a frota em duas rodas cresce a passos largos na cidade — 9% contra 3,5% dos carros de passeio, entre janeiro e dezembro de 2011, segundo o Detran —, a prefeitura ainda corre atrás do prejuízo. Apesar de a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) garantir que está aumentando a quantidade de vagas nas ruas, a média hoje é de uma para cada 81 motos. Já para os carros, é de uma para 44 veículos.
— Atualmente é um desafio conseguir vaga. Eu não sabia que um dia iria acontecer isso comigo, de motocicleta. E com a implementação da Unidade de Ordem Pública em bairros da Zona Sul, o estacionamento nas calçadas vem sendo intensamente fiscalizado. O problema é que não houve planejamento, simplesmente proibiram, sem a criação de locais apropriados — desabafa o jornalista Alexandre Dantas, morador da Gávea, que enfrenta o problema diariamente no Leblon e em Ipanema.
Com exceção dos 32 mil táxis, a frota de carros de passeio no Rio chegou a 1.887.579 veículos em dezembro do ano passado. A quantidade de vagas no sistema Rio Rotativo é de 43 mil. Já para as 227.311 motos, há cerca de 2.800 vagas. De acordo com a CET-Rio, estão sendo criados diariamente novos espaços — que são retirados dos carros — para dar conta do crescimento da demanda sobre duas rodas. A frota total de veículos na cidade é de 2.489.377.
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