terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Para o que Der e Vier - Dora Kramer


A eleição municipal é o cenário onde as peças do projeto de poder do PT vão se mexer neste ano. Não se trata apenas de ampliar o número de prefeituras. Isso é importante para sair do pleito com a marca de campeão a ser registrada nos dias seguintes como mais um feito do partido.

Mas, da perspectiva do PT nacional, o fundamental é testar alternativas de alianças para os próximos embates eleitorais e ampliar a já mastodôntica base governista no Congresso.
E para que mais se o governo já tem cerca de 70% da Câmara e do Senado? Segundo uma expressiva liderança petista com assento no primeiro escalão executivo, "em matéria de base de apoio, quanto maior ela for mais opções nós temos e menos dependentes ficamos".
Partindo desse pressuposto, vale praticamente tudo. A regra é geral, para todo o Brasil, mas para São Paulo em particular. É na maior cidade do País que o PT pretende fazer ensaios mais ousados.
E por ousadia, entenda-se até o que parece impossível aos olhos de quem enxerga a política ainda pelo viés da lógica.
Por esse prisma - o da lógica, não o da audácia - a proposta de aliança feita pelo prefeito Gilberto Kassab (foto) ao ex-presidente Lula não teria a menor chance de prosperar.

Um comentário:

Alberto disse...

Esta eleição para prefeitos tá levando jeito "reality show" do mais baixo nível.