No ano passado, a Secretaria de Direitos Humanos aproximou-se da família de Jango. A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) sugeriu, então, a João Vicente Goulart, filho do ex-presidente, que oficializasse o pedido de ajuda e colaboração no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e também na Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. As duas instâncias são vinculadas a seu ministério.
Maria do Rosário afirmou ao GLOBO que sua secretaria fez uma parceria com o Ministério Público Federal e apoia todas iniciativas dos procuradores que atuam na investigação da morte do ex-presidente. Para a ministra, o caso Jango deve ser um dos principais temas da Comissão da Verdade, que será instalada ainda este ano.
— O esclarecimento do que aconteceu com o presidente João Goulart será um dos desafios da Comissão da Verdade. O Brasil vive a busca de sua memória e de sua verdade. Estamos do lado da sua família e vamos nos empenhar para que tudo seja esclarecido — disse Maria do Rosário.
A possível exumação dos restos mortais de Jango, que está enterrado em São Borja (RS), terá o apoio de técnicos e peritos do governo, da Polícia Federal, que já trabalham em casos de identificação de ossadas de desaparecidos políticos. No caso do ex-presidente, o objetivo será identificar hoje possíveis substâncias químicas que possam ter causado a morte de Jango.
Um comentário:
A busca tardia pela causa poderá responder a muitas perguntas.
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