Segundo levantamento, casos extremos fazem com que pessoas acreditem receber mensagens quando não receberam.
Muitas pessoas são tão viciadas em seus smartphones que elas acham que receberam mensagens de textos quando na verdade não chegou nada. É o que diz um estudo realizado por doutorandos da Universidade de Worcester, no Reino Unido. O estudo também aponta que ao invés de tornar a vida das pessoas mais fáceis, o dispositivo tornou-se um elemento causador de stress. Nada que já não soubéssemos – mas agora expresso em números.
Cadê o tempo que o smartphone ia economizar para a gente? (Imagem: TG daily)
Segundo o site TG Daily, a conclusão teve como base entrevistas com aproximadamente 100 pessoas, de estudantes a profissionais de diversas áreas. Além da entrevista, os participantes passaram por uma bateria de testes.
Mesmo comprando um smartphone para facilitar a vida profissional, o estudo aponta que naturalmente questões pessoais ganham espaço – e é aí que uma sobrecarga desnecessária de stress surge. Muitas pessoas entrevistadas revelaram que sentem-se estressadas por tentar (às vezes de forma infrutífera) manter contato com amigos via smartphone. Ou, pior ainda, são obsessivas em verificar as últimas “notícias” em seus murais e linhas do tempo nas redes sociais – que, como todos sabem, têm informações muito relevantes para a vida do cidadão médio inglês, como o novo mico do Britain’s Got Talent ou a nova beldade “inteligente” do Big Brother.
Tais pessoas checam suas mensagens obsessivamente, imaginando que o celular vibrou quando, de fato, mensagem alguma foi enviada. Richard Balding, um dos responsáveis pelo levantamento, afirma que com a rápida adição de celulares pela população, estamos prestes a ver pessoas com níveis de stress cada vez maiores.
“Os smartphones estão cada vez mais sendo usados pelas pessoas para lidar com os diferentes aspectos de suas vidas” disse Balding ao USA Today. “Mas quanto mais o smartphone é usado, mais ficamos dependentes dele, e na verdade isso acaba sendo um catalizador de stress, em vez de um alívio”.
Balding, que é mestre em psicologia pela Universidade e está fazendo doutorado, apresnetará com sua equipe um relatório sobre seus achados na próxima quinta-feira, 19 de janeiro, em um encontro da Sociedade Britânica de Psicologia, que ocorrerá na cidade de Chester, Inglaterra.
Já há críticas entre colegas e professores de Balding, e da comunidade científica, sobre a relação de causalidade entre os fatos. Mais pesquisa e escrutínio vem por aí – mas apenas para confirmar o óbvio: nossos bisavós eram menos estressados.
E, falando em stress, o próprio Balding viu-se tomado pela moléstia: um simples estudo acadêmico – que, sendo preliminar, não deveria ter ultrapassado os muros da Universidade – teve alcance global. Segundo o jornal local Worcester News, o doutorando enviou seu paper para a Sociedade Britânica de Psicologia para apreciação e não esperava que houvesse tanta publicidade.
2 comentários:
É mais uma pesquisa da linha "Procurar Cabelo em Sapo".
Primeiro foi o ovo que durante décadas foi eleito o maior inimigo do colesterol. Depois, a ciência mudou de lado e, não somente absolveu o ovo, como declarou sua importância na alimentação; aí veio o celular e uma vez mais, a ciência se manifestou e declarou que falar muito tempo com o celular provocava câncer no cérebro. Agora chegou a vez do smartphone. Um amigo, fumante inveterado disse que mais cedo ou mais tarde os jornais vão anunciar que cientistas ingleses descobriram que a nicotina e o alcatrão são indispensáveis para evitar o risco de câncer no pulmão e enfartes. Quem viver, verá
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