O PT não pretende ficar a reboque de uma possível candidatura do deputado Ciro Gomes pelo PSB ao governo paulista, mas ao mesmo tempo não fechou a porta ao apoio à legenda, que é aliada no nível nacional. Em reunião no diretório estadual nesta segunda-feira, o PT decidiu que vai construir um nome de consenso da sigla que será apresentado ao debate com o PSB e demais partidos aliados.
Lideranças como a ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy, no entanto, deixaram claro a insatisfação com a possibilidade de o PT vir a apoiar o deputado.
- Não tem que fechar a porta, mas acho que o PSB nunca fez um caminho de flores para nós no estado - disse Marta a jornalistas após participar do encontro.
Para ela, Ciro "não tem a ver" com o estado de São Paulo. Marta, que defendeu na reunião a candidatura do deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, disse que um nome próprio é "quase unanimidade" na legenda.
O presidente estadual do PSB, deputado Márcio França (PSB-SP), reagiu dizendo que a ex-prefeita tem direito de achar o que quiser.
- Ciro, agora que transferiu o título, tem a ver sim com São Paulo - disse França, reafirmando, porém, que Ciro é candidato à Presidência e não ao governo paulista.
Já Palocci, segundo relatos de participantes, teria dito no encontro que a candidatura petista evitaria que a legenda ficasse refém de Ciro Gomes.
Ciro transferiu seu domicílio eeleitoral do Ceará para São Paulo na última sexta-feira, quando reiterou que pretende concorrer à sucessão presidencial, deixando em aberto a possibilidade de disputar a eleição paulista, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se entrar na briga pelo governo de São Paulo, o deputado deixaria livre o campo dos aliados na eleição para a Presidência para Dilma Rousseff (Casa Civil, PT) e a ministra teria um palanque forte no estado. O PSB tem ainda como opção à disputa paulista o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, recém-filiado à legenda.
" Nós não estamos fixando uma posição de que o PT terá obrigatoriamente candidato, mas não podemos ficar esperando as definições do PSB "
Para o presidente do PT-SP, Edinho Silva, Skaf encontra resistências no PT. Ainda estão na memória sua luta vitoriosa contra a cobrança da CPMF e sua participação no movimento Cansei há dois anos, que, segundo o dirigente, pretendia atingir o partido.
Mais vinculado ao pensamento nacional, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), reiterou que a sigla poderá apoiar o nome de Ciro.
- Nós não estamos fixando uma posição de que o PT terá obrigatoriamente candidato, mas não podemos ficar esperando as definições do PSB e dos demais partidos para preparar nossa candidatura - disse Berzoini, para quem Ciro mudou o local do título de eleitor por sugestão de Lula.
O PT inicia uma consulta interna para definir a candidatura entre os seis nomes que disputam o posto e abre inscrições em 1º de novembro. As prévias estão descartadas.
Lideranças como a ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy, no entanto, deixaram claro a insatisfação com a possibilidade de o PT vir a apoiar o deputado.
- Não tem que fechar a porta, mas acho que o PSB nunca fez um caminho de flores para nós no estado - disse Marta a jornalistas após participar do encontro.
Para ela, Ciro "não tem a ver" com o estado de São Paulo. Marta, que defendeu na reunião a candidatura do deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, disse que um nome próprio é "quase unanimidade" na legenda.
O presidente estadual do PSB, deputado Márcio França (PSB-SP), reagiu dizendo que a ex-prefeita tem direito de achar o que quiser.
- Ciro, agora que transferiu o título, tem a ver sim com São Paulo - disse França, reafirmando, porém, que Ciro é candidato à Presidência e não ao governo paulista.
Já Palocci, segundo relatos de participantes, teria dito no encontro que a candidatura petista evitaria que a legenda ficasse refém de Ciro Gomes.
Ciro transferiu seu domicílio eeleitoral do Ceará para São Paulo na última sexta-feira, quando reiterou que pretende concorrer à sucessão presidencial, deixando em aberto a possibilidade de disputar a eleição paulista, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se entrar na briga pelo governo de São Paulo, o deputado deixaria livre o campo dos aliados na eleição para a Presidência para Dilma Rousseff (Casa Civil, PT) e a ministra teria um palanque forte no estado. O PSB tem ainda como opção à disputa paulista o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, recém-filiado à legenda.
" Nós não estamos fixando uma posição de que o PT terá obrigatoriamente candidato, mas não podemos ficar esperando as definições do PSB "
Para o presidente do PT-SP, Edinho Silva, Skaf encontra resistências no PT. Ainda estão na memória sua luta vitoriosa contra a cobrança da CPMF e sua participação no movimento Cansei há dois anos, que, segundo o dirigente, pretendia atingir o partido.
Mais vinculado ao pensamento nacional, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), reiterou que a sigla poderá apoiar o nome de Ciro.
- Nós não estamos fixando uma posição de que o PT terá obrigatoriamente candidato, mas não podemos ficar esperando as definições do PSB e dos demais partidos para preparar nossa candidatura - disse Berzoini, para quem Ciro mudou o local do título de eleitor por sugestão de Lula.
O PT inicia uma consulta interna para definir a candidatura entre os seis nomes que disputam o posto e abre inscrições em 1º de novembro. As prévias estão descartadas.
Um comentário:
O PT não vem obtendo bons resultados nas eleições em São Paulo.
A escolha de Marta Suplicy (a Dilma paulista)pode ter contribuído para as últimas derrotas nas urnas.
A candidatura de Ciro pode ser a renovação que o partido precisa para derrubar o PSDB.
Este Lula sabe das coisas.
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