sábado, 3 de outubro de 2009

A CGU nas Olimpíadas


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira que será criada uma comissão especial no âmbito da Controladoria Geral da União (CGU) para acompanhar a aplicação dos recursos e dar transparência aos gastos com as Olimpíadas de 2016. A cidade do Rio foi escolhida pelo Comitê Olímpico nesta sexta-feira para receber os jogos.
A ministra acrescentou que o Brasil "aprendeu muito" com a organização dos Jogos Pan-Americanos, em 2007 e, por isso, fará uma prestação de contas "mais transparente" durante as Olimpíadas.
" Acredito que, se tivermos agilidade para articular o governo com a iniciativa privada e a mobilização das comunidades, teremos um grande legado "
Ela disse ainda que a escolha do Rio para a sede das Olimpíadas de 2016 demonstra que o país alcançou um patamar de reconhecimento internacional e de seu papel na América Latina. Mas ressaltou que o governo federal terá de criar políticas efetivas para aumentar o número de medalhas brasileiras durante as Olimpíadas de 2016.
- Temos que planejar o aumento do número de medalhas, não é espontâneo. É preciso uma política deliberada para que isso ocorra, e vamos começar ontem - prometeu ela, no Hotel Copacabana Palace, onde comemorou a vitória do Rio.
O poder de atração dos esportes na rotina de crianças e jovens é um dos pontos que devem ser priorizados no planejamento das Olimpíadas, defendeu.
- Não basta fazer equipamentos esportivos, mas sim elaborar políticas de envolvimento com os jovens - justificou. - Acredito que, se tivermos agilidade para articular o governo com a iniciativa privada e a mobilização das comunidades, teremos um grande legado. O grande esforço deve ser para mostrar que o esporte é um elemento fundamental para boas práticas, bons princípios, para estabelecer padrões de convivência entre crianças e jovens.
" Sem sombra de dúvida, está reconhecida a liderança do presidente Lula. Não vamos esquecer que ele é o cara "
A ministra também destacou a importância da articulação feita pelo presidente Lula em favor da candidatura do Rio. Ela enfatizou que não é o caso de os brasileiros demonstrarem soberba, mas, antes de tudo, humildade.
- Sem sombra de dúvida, está reconhecida a liderança do presidente Lula. Não vamos esquecer que ele é o cara - disse, imitando a frase do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dita em reunião do G20 (grupo das maiores economias mundiais), em abril passado, na cidade de Londres.
Para Dilma, o Brasil será uma potência na próxima década, com importante papel no esporte. Ao falar sobre os compromissos do Brasil com o COI, ela reiterou que o governo federal vai aplicar os recursos necessários à realização dos Jogos, que contarão com diversas fontes de financiamento, entre elas o Banco Nacional de Desenvolvimento BNDES.
Sabatinada sobre os padrões de sustentabilidade exigidos para o evento, a ministra ressaltou que o encontro de Copenhage será importante para mostrar para o mundo que o Brasil está se tornando cada vez mais verde:
- O Brasil pode se orgulhar de ser o país mais sustentável do mundo. Nenhum outro tem a matriz energética que temos. Então o Brasil pode se orgulhar de fazer uma Olimpíada verde.
Perguntada sobre a possibilidade de ser candidata à Presidência da República durante a Copa do Mundo de 2014, ela disse que tem certeza que "o governo Lula terá um representante".

Um comentário:

Alberto del Castillo disse...

Enquanto nosso presidente demonstra uma intimidade impressionante com os Deuses do Olimpo ao estar sempre no lugar certo na hora certa, sua candidata não estando sob a proteção de Hermes, o mensageiro de Zeus, demonstra sua gigantesca falta de tato ao transformar um momento de alegria e esperança no desenvolvimento do esporte brasileiro em um caso de polícia.