terça-feira, 13 de outubro de 2009

Chávez não Gostou



O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse neste domingo que o presidente americano, Barack Obama, não fez nada além de ter pensamentos cheios de boas intenções para ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Chávez, que tem feito elogios pessoais a Obama junto a críticas às políticas "imperialistas" de seu governo, afirmou que pensava ser um erro quando leu que o líder norte-americano tinha sido premiado.
"O que Obama fez para merecer esse prêmio? O júri considerou a esperança dele de um mundo livre de armas nucleares, esquecendo seu papel ao perpetuar as batalhas no Iraque e Afeganistão, e sua decisão de instalar novas bases militares na Colômbia", escreveu Chávez numa coluna. E concluiu: "Pela primeira vez, estamos testemunhando uma premiação com o vencedor não tendo feito nada para merecê-lo: premiando alguém por intenções que estão muito longe de tornarem-se realidade."
Chávez disse que dar a Obama o prêmio Nobel foi como dar a um lançador de baseball um prêmio simplesmente por dizer que vai vencer 50 jogos e derrotar 500 batedores. Embora comparem-se ao virulento discurso que frequentemente utiliza contra os Estados Unidos, as críticas de Chávez contrastaram com a avaliação de seu mentor, Fidel Castro.
O ex-presidente cubano disse que foi "uma medida positiva", que deixa implícitas críticas às políticas "genocidas" dos antecessores de Obama na Casa Branca. Apesar de Caracas e Washington terem relações políticas hostis, os Estados Unidos permanecem como o maior importador de petróleo da Venezuela, país que faz parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Um comentário:

Alberto del Castillo disse...

Apesar de não incluir o Chavez no rol de meus comentaristas políticos preferidos concordo com sua crítica ao Premio Nobel da Paz deste ano.
Assim como nas indicações para a Academia de Letras os Prêmios Nobel assumiram posturas políticas em detrimento dos méritos para a humanidade de seus agraciados. Como exemplos insofismáveis temos a quase eleição de Hitler para o Nobel da Paz (antes da segunda guerra) e a recepção apoteótica de Getulio Vargas na Academia Brasileira de Letras.