terça-feira, 13 de outubro de 2009

Dilma em Campanha



A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participou da festa do Círio de Nazaré, acompanhada da governadora Ana Júlia Carepa (PT) e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, elogiou a fé do povo e, ao observar que muitos fiéis levavam sobre a cabeça réplicas de uma casa ou tijolos, como símbolo de agradecimento ou pedido pela casa própria, aproveitou para elogiar o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, que tem a ambição de construir 1 milhão de residências populares até o fim do ano que vem.
- Fiquei muito impressionada com as miniaturas de casas. Para algumas pessoas eu perguntei o que era; se era um agradecimento ou se era um pedido. Duas me responderam que era o pagamento de uma promessa. Tinham conseguido a casa. E uma me disse que não, que ela estava fazendo uma promessa para que ela conseguisse uma casa. E eu fico muito satisfeita com o fato de que nós fizemos o programa Minha Casa, Minha Vida - disse Dilma, em entrevista, depois de presenciar a passagem da imagem de Nossa Senhora de Nazaré.
- O que é visível aqui é a importância que as pessoas atribuem à casa como sendo o local fundamental para qualquer pessoa para ela poder ter segurança, criar seus filhos, manter suas relações afetivas. (...) Acho que o governo está no caminho certo quando assiste a isso.
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Dilma chegou no palanque montado para as autoridades às 7h, depois de ter participado, na noite anterior, de um jantar com lideranças políticas locais que se estendeu até depois da 1h. A procissão do Círio de Nazaré envolve mais de 2 milhões de fiéis. Muitos, como prova de devoção, seguram em uma corda, dividida em cinco partes que, no total, somam 800 metros. Enquanto Dilma estava vendo a procissão houve momentos de confusão que, por pouco, não acaba em tragédia. Várias pessoas passaram mal e, para resgatá-las, era necessário erguê-las e passar entre as mãos da multidão. A própria Dilma ajudou a puxar algumas crianças que, se não fossem retiradas do meio do tumulto, poderiam sofrer sérias consequências.
A ministra, que na sexta-feira havia participado de orações na igreja de Nosso Senhor do Bonfim, na Bahia, classificou a festa do Círio de Nazaré como "estarrecedora".
- Em alguns momentos a gente fica tão estarrecida porque é uma coisa muito forte. É uma manifestação que mistura a força da fé com a força que tem as multidões. E, de repente, aquela comunhão de pessoas querendo saudar Nossa Senhora, manifestar a sua fé, vira uma espécie de onda, como se ela se movimentasse por onda. É muito forte.
A ministra permaneceu duas horas no palanque e, em seguida, retornou a Brasilia.

Um comentário:

Alberto del Castillo disse...

O cidadão sempre buscou o sonho da casa própria. Os governos que sempre deram as costas aos anseios populares fingiam que não viam enquanto seres humanos se aglomeravam com condições de vida sub-humanas. A existência, criação e ampliação de favelas do Oiapoque ao Chuí é o produto do pouco caso das autoridades e não do desleixo de seus habitantes. Se o governo Lula der o primeiro passo para resolver este problema terá justificado seu governo.
Favelas já surgiram em várias épocas nos lugares mais civilizados do mundo. Durante a crise econômica que varreu o mundo de 1928 a 1935, milhões ficaram desempregados e uma favela gigantesca se instalou no Central Park de Nova Iorque. Com o tempo e a atuação das autoridades esta e outras favelas deixaram de existir e a vida voltou à normalidade. Uma situação semelhante em nosso país inerte faria com que uma favelização dos anos 30 na Quinta da Boa Vista estivesse lá até hoje.