quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nada Contra o Ministro Gay


Dois terços dos franceses não querem que seu ministro da Cultura, Frederic Mitterrand, (foto) deixe o cargo depois de ter reconhecido em um livro que pagou para manter relações sexuais com rapazes na Tailândia, mostra nesta segunda uma pesquisa de opinião.
Mitterrand rejeitou os pedidos por sua renúncia, que aumentaram após as revelações feitas em sua autobiografia de 2005, na qual afirma que os rapazes a quem pagou em troca de sexo eram adultos.
O governo francês também saiu em apoio a Mitterrand, que ameaçou adotar medidas legais para proteger sua reputação. A controvérsia surgiu depois que Mitterrand defendeu o cineasta Roman Polanski, que foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos por, em 1977, ter mantido relações sexuais com uma menina de 13 anos.
Tanto o partido Frente Nacional, de tendência ultraconservadora, como o Partido Socialista, principal formação de oposição, disseram que o ministro deveria pedir demissão. No entanto, 67% dos franceses não desejam que Mitterrand renuncie, contra 20% que acredita que o representante da pasta da Cultura deve se afastar do cargo, de acordo com uma sondagem com 1.005 pessoas realizada nos dias 9 e 10 de outubro.
Mitterrand qualificou suas experiências na Tailândia, descritas no libro que mescla autobiografia e reflexões, como "um erro, não um delito".
"Cometi o erro de pagar a jovens", escreveu Mitterrand. E continuou: "Todos esses rituais do mercado de jovens, o mercado de escravos, me excitavam enormemente... a abundância de rapazes atraentes e disponíveis me colocaram em um estado de desejo".
Mitterrand, sobrinho do ex-presidente socialista François Mitterrand, conquistou popularidade após ser convidado a integrar o gabinete de Nicolas Sarkozy em junho.

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