O treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão da heroica campanha do Penta, está de volta ao comando dos “canarinhos”. Chegou de esporas, bombachas e faca nos dentes, ao desembarcar quinta-feira (29) na seleção.
Se ele queria atenções e, ao mesmo tempo, despertar paixões, o gaúcho de Passo Fundo não poderia ter feito melhor. Ou pior, a depender do jeito de ver as coisas.
Apaixonadamente, em um caso ou outro, pois o assunto é futebol com política e falta de tato no meio, mistura suficiente para incendiar qualquer arraial por esta banda de baixo do Equador.
Ao tentar preparar o espírito de seus futuros comandados, para as pressões que recairão sobre eles até a Copa 2014 - além de recarregar a pilha de ânimo dos craques e torcedores brasileiros, praticamente esvaziada na demorada e improdutiva passagem de Mano Menezes -, Felipão abusou do ímpeto.
Em típico palpite infeliz, com tudo para dar samba, Scolari ultrapassou as "quatro linhas do gramado".
Mexeu com o Banco do Brasil (um dos maiores patrocinadores dos esportes no país) na primeira entrevista coletiva depois do retorno que tinha tudo para ser triunfal.
Pelos "ruídos" de bastidores e da superfície (foi um dos assuntos mais badalados da quinta-feira nas redes sociais) que começaram a explodir país afora em seguida à entrevista – a ponto de obrigar o substituto de Mano a produzir um mal alinhavado pedido de desculpas aos ofendidos ainda na quinta - o episódio desastrado tende a causar dores de cabeça, e das brabas, na chegada de Felipão. Como está acontecendo.
Tem poder explosivo ainda (apesar dos panos quentes de boa parte da mídia nacional) para complicar os próximos passos do “desafortunado treinador”, como diria outro gaúcho sem papas na língua, Leonel Brizola, se vivo estivesse.
Um comentário:
O melhor remédio para evitar gafes é não falar muito. Por outro lado uma imprensa sem matéria prima derruba o técnico. Não é Mano?
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