O programa Bolsa Família garantiu em média três pontos percentuais, ou 2,9 milhões de votos, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, afirma o pesquisador Maurício Canêdo Pinheiro, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O impacto é bem superior ao do crescimento da economia, outro indicador analisado: 0,34 ponto percentual. Segundo a pesquisa, o efeito eleitoral do programa nos estados do Norte e do Nordeste foi superior ao do restante do país: em Alagoas, o maior índice, alcançaria 8,17 pontos percentuais, enquanto no Rio de Janeiro teria sido de 1,12 e em São Paulo, de 1,89 ponto. Depois de Alagoas, Roraima (6,85%) e Acre (6,53%) foram os estados com maior efeito na eleição. Lula venceu com 61% dos votos.
Para mensurar esse impacto, o pesquisador consultou bases de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do IBGE e do Ministério do Desenvolvimento Social. Foram analisados 3.400 dos 5.500 municípios brasileiros. O modelo estatístico, explica Pinheiro, apresenta o efeito isolado de cada uma das 18 variáveis pesquisadas - entre elas a cobertura do programa social e índices de educação, saúde e renda.
No município alagoano de Traipu, por exemplo, em que o Bolsa Família atinge 68% das famílias, a pesquisa credita ao programa do governo 14 pontos percentuais na votação. No Rio, que tem cobertura de 4,5%, o efeito teria sido quase nulo: 0,008 ponto percentual.
Segundo o estudo, o aumento de um ponto percentual no número de beneficiários do programa elevou em 0,55 ponto percentual a votação de Lula em 2006 na média. Já a mesma variação na taxa de crescimento econômico teve impacto de 0,21 ponto percentual. Pinheiro lembra que o crescimento do PIB não melhora diretamente a vida da população mais pobre. E pondera que a relação entre o Bolsa Família, criado em 2004, e a reeleição do presidente não é tão forte nem decisiva:
- Eram 11 milhões de famílias e foram 3 pontos percentuais, ou 2,9 milhões de votos. Dada a cobertura, é bem menos do que as pessoas imaginam.
Para mensurar esse impacto, o pesquisador consultou bases de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do IBGE e do Ministério do Desenvolvimento Social. Foram analisados 3.400 dos 5.500 municípios brasileiros. O modelo estatístico, explica Pinheiro, apresenta o efeito isolado de cada uma das 18 variáveis pesquisadas - entre elas a cobertura do programa social e índices de educação, saúde e renda.
No município alagoano de Traipu, por exemplo, em que o Bolsa Família atinge 68% das famílias, a pesquisa credita ao programa do governo 14 pontos percentuais na votação. No Rio, que tem cobertura de 4,5%, o efeito teria sido quase nulo: 0,008 ponto percentual.
Segundo o estudo, o aumento de um ponto percentual no número de beneficiários do programa elevou em 0,55 ponto percentual a votação de Lula em 2006 na média. Já a mesma variação na taxa de crescimento econômico teve impacto de 0,21 ponto percentual. Pinheiro lembra que o crescimento do PIB não melhora diretamente a vida da população mais pobre. E pondera que a relação entre o Bolsa Família, criado em 2004, e a reeleição do presidente não é tão forte nem decisiva:
- Eram 11 milhões de famílias e foram 3 pontos percentuais, ou 2,9 milhões de votos. Dada a cobertura, é bem menos do que as pessoas imaginam.
2 comentários:
Ivanildo,podemos sugerir o fim da Bolsa Família e avaliar o eflexo nas urnas. Assim não ficamos envolvidos por números mirabolantes.
Até que outro estudo seja apresentado, estes números parecem indicar que os críticos do Bolsa Família não têm razão em atribuir a grande popularidade do Lula a este fundo assistencial. As análises simplistas sempre conduzem a erros gerados por paixões políticas.
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