A Polícia Federal indiciou nesta quarta o empresário Fernando Macieira Sarney, um dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por formação de quadrilha, falsidade ideológica e tráfico de influência, entre outros crimes. O empresário foi indiciado após prestar depoimento ao delegado Márcio Anselmo, em São Luís. O delegado também interrogou e indiciou o agente da Polícia Federal Aluísio Guimarães, acusado de vazar informações da Operação Boi Barrica para o grupo supostamente chefiado por Fernando.
Fernando é alvo em três inquéritos. A polícia investiga desde caixa dois nas eleições de 2006 no Maranhão até supostas irregularidades na construção da ferrovia Norte-Sul. O depoimento do empresário, na superintendência da Polícia Federal, começou às 10h30m e durou quatro horas.
Fernando respondeu a todas as perguntas do delegado e, segundo uma fonte, negou as acusações.
- Ele tinha respostas para desmontar essa versão que estão montando contra ele. O indiciamento é um ato sem nenhuma repercussão formal. É só a formalização de que alguém está sendo investigado por um determinado crime - disse um interlocutor do empresário. Policial do governo Roseana é acusado de vazamento
Fernando chegou à sede da PF, em São Luís, acompanhado do advogado Eduardo Ferrão e mais dois assistentes. Após ouvir Fernando, o delegado Márcio Anselmo começou a interrogar funcionários da TV Mirante e da Marafolia (carnaval fora de época do Maranhão). A PF investiga suposta ligação de Fernando com a Marafolia. Também foi ouvido o agente da PF Aluísio Guimarães. O policial, que exerce cargo de confiança na Secretaria de Segurança do governo Roseana Sarney, é acusado de vazar informações da Boi Barrica para o grupo do irmão.
Segundo um amigo do policial, Aluísio não cometeu irregularidade. Ele teria apenas confirmado a Fernando a identidade de dois policiais que bateram à porta do apartamento do empresário em São Paulo. O delegado pretende ouvir e indiciar todos os suspeitos até o fim desta semana. Na lista de investigados que podem ser indiciados está o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, segundo informou um investigador.
Após concluir os indiciamentos, a PF pretende encerrar as investigações e apresentar o relatório final à Justiça Federal. Caberá ao Ministério Público Federal decidir se confirma as acusações e oferece à Justiça denúncia contra o núcleo apontado como responsável por corrupção, desvio de dinheiro público e formação de quadrilha.
2 comentários:
Isso sim sabemos que que será conduzido pelos melhores pizzaiolos do mundo pra que não deixe de terminar em pizza.
"Apurar é preciso, punir, não é preciso."
Parafraseando o Pessoa, o Acadêmico certamente sairá em defesa de seu herdeiro.
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