A legião de robôs do Japão, país que possui a maior frota de trabalhadores mecanizados, está sendo posta na ociosidade à medida que o país mergulha na sua mais profunda recessão em mais de uma geração, puxada pela queda mundial da demanda por carros e máquinas, mostra reportagem publicada pelo GLOBO nesta terça-feira.
Na grande fábrica Yaskawa Electric, no sul da ilha japonesa de Kyushu, onde robôs costumavam produzir mais robôs, um único aparato de braços metálicos girava e torcia, testando motores que vão preencher as encomendas do dia. Seus colegas, imóveis, permaneciam silenciosos em fila.
Eles poderão ficar sem trabalho por um longo período. A produção industrial japonesa despencou quase 40% e, com ela, caiu igualmente a demanda por robôs. Ao mesmo tempo, o futuro aparece obscuro no horizonte. As finanças apertadas estão injetando uma boa dose de realidade em alguns dos mais fantásticos projetos tecnológicos do Japão - como robôs de estimação e recepcionistas cyborgs -, o que poderá atrasar as inovações bastante tempo depois de a economia mundial retornar aos trilhos.
Em 2005, mais de 370 mil robôs trabalharam em fábricas espalhadas pelo Japão, cerca de 40% do total global, representando 32 robôs para cada mil operários do setor industrial, segundo um relatório elaborado pelo banco Macquarie.
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