Numa derrota para o governo, a Câmara acaba de aprovar um reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham acima do salário mínimo. Sob aplausos, a proposta de 7,7% foi apoiada por todos os partidos - da base aliada e da oposição. Nem o PT ficou ao lado do governo, preferindo "liberar" a bancada. O governo era contra o aumento, aceitando um reajuste máximo de 7%. A medida provisória 475, em vigor desde janeiro, fixava em 6,14% o aumento dos aposentados nessa faixa. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ficou isolado na defesa de 7%. O presidente Luiz Inácio Lula ameaça vetar o aumento, mesmo diante de um desgaste em ano eleitoral. Proposta segue agora para o Senado.
No Senado, a maioria dos partidos também já avisou que vai aprovar os 7,7%. O aviso de que Lula vetará um reajuste "insuportável" para as contas da Previdência foi reforçado nesta terça-feira pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo:
- Sei que o presidente Lula já me disse que, se o índice exorbitar muito o acordo, ele vai vetar.
Segundo dados do próprio governo, o reajuste de 7,7% causará uma despesa adicional ao governo de R$ 1,6 bilhão, em comparação aos R$ 6,7 bilhões que custam os 6,14%, que já são pagos desde janeiro. O destaque aprovado foi apresentado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. A proposta de 7,7% é o resultado da concessão da inflação do período mais 80% do PIB de 2008.
" Com muito orgulho, votamos em 7,7% "
Maior bancada da Câmara, o PMDB foi fundamental para a costura do acordo em torno dos 7,7%.
- Com muito orgulho, votamos em 7,7% - disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que já tinha dito que acompanharia a posição do PMDB no Senado, que já tinha fechado com os 7,7%.
Em seu discurso, o líder Vaccarezza disse que o governo não concordava.
- Chegamos a uma posição clara, de 7% - disse Vaccarezza.
Ele criticou o comportamento dos colegas. Para Vaccarezza, o resultado foi influenciado pela eleição. Ele estimou em R$ 15 bilhões em 2010 o impacto nas contas da Previdência das duas medidas aprovadas nesta terça-feira: o reajuste para aposentados e o fim do fator previdenciário a partir de 2011.
- Estamos com esse pepino para ir ao Senado. É tão absurdo. O impacto vai ser de R$ 15 bilhões. Não é valor, chama-se eleição.
Nesta terça, os aposentados ocuparam mais uma vez as galerias do plenário, depois de fazerem uma passeata pela Esplanada dos Ministérios. Na barulhenta votação na Câmara, coube ao deputado José Genoino (PT-SP) encaminhar o voto pelo PT. Ele disse que acompanhava o líder do governo, contra os 7,7%, mas que liberava a bancada.
O governo já tinha sido derrotado na votação preliminar, porque os deputados aceitaram que poderiam ser analisadas as emendas que defendem reajustes de 7,7%, por exemplo. Os deputados já aprovaram o texto-base do relator da MP, deputado Cândido Vaccarreza (PT-SP), prevendo o reajuste de 7%, mas o índice final será definido depois de votados todos os destaques. Os deputados também recusaram destaque do DEM, que previa um reajuste de 8,7%. Governo promove reunião mas não convence deputados
Mais cedo, na tentativa de sensibilizar a oposição para a proposta de um reajuste de 7%, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido (PT-SP), promoveu um encontro do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, com os líderes do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA); do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC); e do PPS, deputado Fernando Coruja (SC). Segundo os líderes, o ministro repetiu o discurso de que o governo não aceita um reajuste de 7,7%. Não houve, porém, acordo, já que a base aliada continua dividida. O fiel da balança será o PMDB, que no Senado defende o aumento de 7,7%.
Vaccarezza reafirmou que pediria ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que, pelo menos, libere a bancada do partido na votação da MP.
Maior partido na Câmara e no Senado, o PMDB defende um reajuste de 7,7 %, enquanto o governo quer 7 %. Na semana passada, o líder Henrique Eduardo Alves avisou que, se no Senado o PMDB insistisse com os 7,7%, ele votaria da mesma forma na Câmara. A intenção de Vaccarezza é tentar convencer parte do partido a aceitar os 7%.
- Trabalho pela chance de ganhar (e aprovar os 7%). É uma discussão pobre (essa de vincular a posição da Câmara à posição do Senado). O ministro da Previdência esteve aqui, com a oposição, para mostrar os números da Previdência e não para negociar - disse Vaccarezza, admitindo que uma parte dos deputados quer 7,7%.
Já o líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), disse que ninguém será irresponsável do ponto de vista fiscal, mas que o próprio governo tem que se entender com sua base e ter uma posição unificada.
- O governo não trouxe o acordo com as centrais para o Congresso no ano passado e agora colhe os frutos da discórdia. A base é que tem que chegar a um acordo. O governo está enrolado - disse Bornhausen
No Senado, a maioria dos partidos também já avisou que vai aprovar os 7,7%. O aviso de que Lula vetará um reajuste "insuportável" para as contas da Previdência foi reforçado nesta terça-feira pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo:
- Sei que o presidente Lula já me disse que, se o índice exorbitar muito o acordo, ele vai vetar.
Segundo dados do próprio governo, o reajuste de 7,7% causará uma despesa adicional ao governo de R$ 1,6 bilhão, em comparação aos R$ 6,7 bilhões que custam os 6,14%, que já são pagos desde janeiro. O destaque aprovado foi apresentado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. A proposta de 7,7% é o resultado da concessão da inflação do período mais 80% do PIB de 2008.
" Com muito orgulho, votamos em 7,7% "
Maior bancada da Câmara, o PMDB foi fundamental para a costura do acordo em torno dos 7,7%.
- Com muito orgulho, votamos em 7,7% - disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que já tinha dito que acompanharia a posição do PMDB no Senado, que já tinha fechado com os 7,7%.
Em seu discurso, o líder Vaccarezza disse que o governo não concordava.
- Chegamos a uma posição clara, de 7% - disse Vaccarezza.
Ele criticou o comportamento dos colegas. Para Vaccarezza, o resultado foi influenciado pela eleição. Ele estimou em R$ 15 bilhões em 2010 o impacto nas contas da Previdência das duas medidas aprovadas nesta terça-feira: o reajuste para aposentados e o fim do fator previdenciário a partir de 2011.
- Estamos com esse pepino para ir ao Senado. É tão absurdo. O impacto vai ser de R$ 15 bilhões. Não é valor, chama-se eleição.
Nesta terça, os aposentados ocuparam mais uma vez as galerias do plenário, depois de fazerem uma passeata pela Esplanada dos Ministérios. Na barulhenta votação na Câmara, coube ao deputado José Genoino (PT-SP) encaminhar o voto pelo PT. Ele disse que acompanhava o líder do governo, contra os 7,7%, mas que liberava a bancada.
O governo já tinha sido derrotado na votação preliminar, porque os deputados aceitaram que poderiam ser analisadas as emendas que defendem reajustes de 7,7%, por exemplo. Os deputados já aprovaram o texto-base do relator da MP, deputado Cândido Vaccarreza (PT-SP), prevendo o reajuste de 7%, mas o índice final será definido depois de votados todos os destaques. Os deputados também recusaram destaque do DEM, que previa um reajuste de 8,7%. Governo promove reunião mas não convence deputados
Mais cedo, na tentativa de sensibilizar a oposição para a proposta de um reajuste de 7%, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido (PT-SP), promoveu um encontro do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, com os líderes do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA); do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC); e do PPS, deputado Fernando Coruja (SC). Segundo os líderes, o ministro repetiu o discurso de que o governo não aceita um reajuste de 7,7%. Não houve, porém, acordo, já que a base aliada continua dividida. O fiel da balança será o PMDB, que no Senado defende o aumento de 7,7%.
Vaccarezza reafirmou que pediria ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que, pelo menos, libere a bancada do partido na votação da MP.
Maior partido na Câmara e no Senado, o PMDB defende um reajuste de 7,7 %, enquanto o governo quer 7 %. Na semana passada, o líder Henrique Eduardo Alves avisou que, se no Senado o PMDB insistisse com os 7,7%, ele votaria da mesma forma na Câmara. A intenção de Vaccarezza é tentar convencer parte do partido a aceitar os 7%.
- Trabalho pela chance de ganhar (e aprovar os 7%). É uma discussão pobre (essa de vincular a posição da Câmara à posição do Senado). O ministro da Previdência esteve aqui, com a oposição, para mostrar os números da Previdência e não para negociar - disse Vaccarezza, admitindo que uma parte dos deputados quer 7,7%.
Já o líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), disse que ninguém será irresponsável do ponto de vista fiscal, mas que o próprio governo tem que se entender com sua base e ter uma posição unificada.
- O governo não trouxe o acordo com as centrais para o Congresso no ano passado e agora colhe os frutos da discórdia. A base é que tem que chegar a um acordo. O governo está enrolado - disse Bornhausen
2 comentários:
Ivanildo, vamos poder investir em muitas coisas. Claro que nós mesmo é que pagaremos essa nova despesa do governo. O foco deve ficar é no fator previdenciário.
Em toda dupla de comediantes um faz o papel de escada, dando apoio para que o parceiro feche a piada.
Abbot&Costello; o Gordo e o Magro; Jararaca e Ratinho; o Congresso e Lula etc.
Triste papel pois enquanto o Congresso está desmoralizado Lula é o queridinho das multidões
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