terça-feira, 4 de maio de 2010

Fernando Gabeira e Cesar Maia


Em entrevista ao jornalista Ricardo Noblat pelo microblog Twitter, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) explicou a decisão de seu partido de contar com o apoio de Cesar Maia (DEM) na luta pelo governo do Rio, após descartar a presença do ex-prefeito na sua chapa para o Senado. Questionado sobre o que mudou nesse meio tempo, Gabeira disse que antes queria evitar conflitos na coligação e com parte de seus eleitores, que poderiam não gostar da parceria, mas que uma "ampla consulta aos apoiadores da capital e do interior" fez seu partido repensar as estratégias de ataque.
"O sistema de dominação do PMDB é profundo e muito forte. Só a união vencerá", escreveu o candidato.
A coligação será oficializada na segunda-feira, e o critério para a união, segundo Gabeira, é a aceitação do projeto ficha limpa por todos os partidos, o que já estaria encaminhado. Ainda neste domingo, pela manhã, Gabeira participou de passeara na Zona Suk do Rio pela aprovação do projeto Ficha Limpa, proposta de iniciativa popular que tenta vetar a candidatura de políticos condenados pela Justiça
" Nós todos mudamos no caminho. O PT mudou de uma forma que nos separou. "
Questionado sobre seu distanciamento do PT, partido pelo qual militou, Gabeira foi taxativo:
"Nós todos mudamos no caminho. O PT mudou de uma forma que nos separou. Consegui crescer sozinho, fora de um governo popular". Gabeira declara apoio a Marina e a Serra num segundo turno
Em meio à disputa pela presidência, o deputado federal deixou claro que pedirá votos por Marina Silva, candidata de seu partido, mas que seu apoio será de José Serra caso o segundo turno seja decidido entre o tucano e Dilma Rousseff. Perguntado por que considera Dilma a menos preparada para ocupar a presidência, Gabeira respondeu:
"Ambos passaram por crivos eleitorais, Marina venceu a pobreza e eleições, Serra governou São Paulo", escreveu, confirmando ainda que contará com o apoio do ex-governador de São Paulo em seu programa de propaganda política no rádio e na televisão.
" Proponho plano de segurança para todo o estado, saúde não apenas para emergência e romper com a cumplicidade com empresas de transporte. "
Após escrever que acredita ter "condições de realizar muito mais (que Sérgio Cabral e Anthony Garotinho (PSB), que disputarão as eleições) e com outra concepção política", o pré-candidato brincou com o fato de o Twitter permitir mensagens de apenas 140 caracteres ao ser questionado sobre o que discorda no atual governo de Sérgio Cabral.
"Em 140 toques? Gostaria, mas não dá", escreveu Gabeira, para depois completar: "Proponho plano de segurança para todo o estado, saúde não apenas para emergência e romper com a cumplicidade com empresas de transporte".
Após elogiar a recuperação do porto do Rio pelo prefeito Eduardo Paes, Gabeira admitiu que seu maior erro na derrota pela prefeitura foi "não deter o feriado na Justiça".
Sobre suas futuras ações como governador, Gabeira disse ser favorável à concessão de título de propriedade definitiva a moradores de favelas em áreas seguras, e ressaltou que impedir a edificação em áreas de risco e a ocupação ilegal de terra pública é tarefa do prefeito, mas que ajudaria com monitoramento on-line. O pré-candidato do PV disse ainda que vai defender a luta do Rio na partilha pelos royalties do Petróleo. Questionado sobre sua posição em relação ao comércio de drogas consideradas ilícitas, o político disse apenas que pretende reformar a polícia, pois "sem boa polícia não há política de repressão ou discriminação".
Esta foi a segunda de uma série de entrevistas que serão realizadas por Ricardo Noblat via Twitter com personagens das próximas eleições. Na primeira conversa, foi a vez do o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB .

Um comentário:

Alberto del Castillo disse...

Fernando Gabeira e Cesar Maia, individualmente pouco representam mas juntos são a imagem viva da decrepitude da política tupiniquim.
O papelão de uma aliança política sem a menor sustentação ideológica já é insuportável. Ao explicarem o inexplicável ofendem a inteligência dos brasileiros sobreviventes a dois períodos de Lula falando ex-cátedra.