quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Orelha Caída de Lula


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou incomodado com as críticas públicas do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, (foto) a colegas, e o convocou para uma reunião quinta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona provisoriamente o gabinete presidencial. Na semana passada, depois de se reunir com Lula, Minc disse que ministros, como Reinhold Stephanes (Agricultura) e Alfredo Nascimento (Transportes), combinavam um projeto com ele e depois iam ao Congresso com uma "machadinha" desfigurar leis em defesa do meio ambiente. Mais de uma vez, Lula deixou claro que não gosta de brigas entre ministros pela imprensa.
Embora tenha afirmado que não pretende dar um puxão de orelha em Minc, o presidente mandou recado:
- Tenho muitos filhos, e toda vez que o pai sai de casa a meninada faz algazarra mais do que deveria fazer - brincou, afirmando que o chamará quando voltar ao Brasil, quinta-feira.
- Não acho que é um problema. São visões diferentes. O que acho é que às vezes você não pode externar sua visão sem saber que repercussão ela pode ter no outro. E vale para todo mundo - declarou Lula, utilizando como exemplo, mais uma vez, uma metáfora futebolística.
- Imagina se no campo de futebol se os jogadores começam a se xingar alto para a torcida ouvir, para a imprensa descobrir... Acaba o jogo. Deixa eu chegar lá e aí você vai perceber que não tem mais problemas de divergências.
Lula, porém, negou que vá aplicar um puxão de orelhas nos ministros.
- Eu não puxo orelha porque meu pai puxou tanto a minha que ela é caída - brincou.

2 comentários:

AAreal disse...

Ivanildo, o Lula acaba de provar que puxar a orelha de alguém para corrigir seus erros não adianta nada.

Alberto del Castillo disse...

A ausência de debate é sintoma de autoritarismo e patrulhamento ideológico. Evidentemente qualquer crítica, por mais dura que seja, deverá sempre ser construtiva visando corrigir um erro ou promover uma ação construtiva.
O problema do Minc e da CPI da Petrobras provocaram reações de autoritarismo explícito por parte do Governo LULA.