De olho nos erros de outros países e empenhado em fazer jorrar mais do que petróleo dos campos do pré-sal, o governo já decidiu que a exploração dessa riqueza será a ponta de lança da política industrial da cadeia produtiva de óleo e gás no país. A meta é tornar realidade - e até aumentar - as previsões de investimentos e geração de empregos desenhadas com as descobertas. Projeções do BNDES apontam que apenas os aportes diretamente nas atividades de exploração e produção chegarão a R$ 269,7 bilhões até 2012, incluindo Petrobras e empresas privadas.
Com uma média de R$ 67,4 bilhões ao ano, os recursos deverão gerar, segundo a estatal, um milhão de vagas, diretas e indiretas, em empresas prestadoras de serviços até 2013.
O grupo interministerial que estuda o marco regulatório do pré-sal deverá anunciar, junto com o projeto das novas regras do setor, diretrizes para a contratação de empresas e fornecedores, para aumentar o conteúdo nacional nessa cadeia. O trabalho começou em julho do ano passado e tem como pano de fundo 18 setores industriais ligados diretamente ao setor.
Ainda não existem números tabulados sobre os investimentos nessas áreas, mas um estudo encomendado pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), ligado à Petrobras, traçou as características e os desafios de cada segmento.
Um comentário:
Existe uma disputa tecnológica acirrada entre os defensores de investimentos na produção de energia de origem fóssil e os que procuram financiamentos para o desenvolvimento de energia limpa.
O caminho alternativo está tão adiantado, que investimentos no petróleo com prazos de maturação mais longos devem ser analisados com muito cuidado.
O ideal seria investirmos nas duas frentes para como dizem os economistas fazermos um "hedging" de nossas aplicações.
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