terça-feira, 23 de junho de 2009

Os Atos Secretos do Senado

Os atos secretos do Senado não encobriram apenas irregularidades na contratação de pessoal, mas também decisões administrativas para beneficiar os próprios senadores e funcionários graduados da Casa. A comissão de sindicância descobriu que os documentos sigilosos esconderam de reembolsos médicos exagerados e fora do padrão até suntuosas reformas de apartamentos funcionais. A cozinha de apenas um desses apartamentos foi repaginada por mais de R$ 100 mil. Foi omitida também uma farra de impressão de livros e publicações na gráfica do Senado e outra na emissão de passagens aéreas internacionais.
Os parlamentares já foram alertados de que a caixa-preta da instituição esconde muito mais do que já foi divulgado, e que a investigação deve atingir todos os grupos de senadores, inclusive os integrantes do chamado grupo ético. Os atos secretos não ficaram centrados apenas na contratação de parentes e aliados do grupo político do presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). Por isso, instalou-se nos bastidores um clima de ameaça e intimidação.
Nos mais de 600 atos, há contratações de pessoal em diversos gabinetes, além dos da família Sarney, e muitos encaminhamentos administrativos. Segundo funcionários, os dados vão abrir novas frentes para apuração de irregularidades. Entre as novas informações que devem surgir nos boletins sigilosos está a ampliação da cota de impressão de livros na gráfica do Senado para parlamentares.

2 comentários:

Alberto del Castillo disse...

A divulgação desta imoralidade impede que a sujeira seja varrida para baixo do tapete. Aguardamos os panos quentes que sempre antecedem medidas tímidas de punições pontuais de figuras de baixo escalão.
Na mente distorcida de seus membros ao protegerem os senadores estarão protegendo o Senado.
Como disse o Sarney: - A crise não é minha, é do Senado.

Odiatis Misantropoulos disse...

Falou o Rei Sol!
Guilhotina p/ esses canalhas.
Um dia vamos chegar à um ponto de cultura informação e engajamento onde a massa vai dizer "pô, aí não dá!" e quebrar esse status quo maléfico. E aí, guilhotina ou não, talvez façamos dessa terra uma nação. Mas como falta chão até lá. E com esses pulhas trabalhando CONTRA vai demorar ainda mais.