Dóris Marize Romarize Peixoto, nomeada pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) como diretora da poderosa Secretaria de Recursos Humanos, entrou no Senado, em 1984, num dos maiores trens da alegria que já passaram pelo Congresso. O GLOBO teve acesso ao processo judicial em que Dóris Marize aparece numa longa lista de servidores contratados sem concurso público para trabalhar no Senado. Na mesma lista de "passageiros" estão o ex-diretor Agaciel Maia, pivô da crise, e a governadora do Maranhão e filha de Sarney, Roseana Sarney. O processo foi aberto a partir de ação popular assinada pelo advogado Pedro Calmon contra 1.554 pessoas contratadas no apagar das luzes de 1984, sem concurso público, para trabalhar na gráfica do Senado. Na ação, o advogado relata que o trem da alegria foi acionado pelo então presidente do Senado, Moacyr Dalla, "à revelia do plenário e da própria Mesa da Casa" para "beneficiar filhos, afilhados e esposas de políticos influentes". A ação foi protocolada em 22 janeiro de 1985.
Procurada pelo GLOBO, Dóris disse, por meio da assessoria, que não comentaria.
Há 23 anos, a descoberta de uma decisão mantida em segredo por mais de um ano criou constrangimentos para o então presidente da República, José Sarney, e sua família, além de envolver o Senado numa onda de polêmicas. Em maio de 1986, veio a público a existência de um trem da alegria que efetivou 60 funcionários contratados sem concurso público, entre os quais Roseana Sarney.
O ato que efetivou os servidores foi assinado em janeiro de 1985, e não foi divulgado oficialmente pela Casa. Um ano depois, com a publicação de um almanaque de funcionários do Senado, descobriu-se o que foi considerado à época um "trem da alegria".
Procurada pelo GLOBO, Dóris disse, por meio da assessoria, que não comentaria.
Há 23 anos, a descoberta de uma decisão mantida em segredo por mais de um ano criou constrangimentos para o então presidente da República, José Sarney, e sua família, além de envolver o Senado numa onda de polêmicas. Em maio de 1986, veio a público a existência de um trem da alegria que efetivou 60 funcionários contratados sem concurso público, entre os quais Roseana Sarney.
O ato que efetivou os servidores foi assinado em janeiro de 1985, e não foi divulgado oficialmente pela Casa. Um ano depois, com a publicação de um almanaque de funcionários do Senado, descobriu-se o que foi considerado à época um "trem da alegria".
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