A despeito do discurso otimista do governo, a expansão do sistema elétrico nacional está esbarrando em entraves ambientais e jurídicos envolvendo questões indígenas. Aguardando esse sinal verde, o país está deixando de iniciar a construção de hidrelétricas capazes de produzir cerca de 19,5 mil megawatts (MW) de energia nos próximos anos, quase 20% da atual capacidade de geração brasileira.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão atrasados pelo menos 18 empreendimentos hidrelétricos, que representam três vezes a potência das duas usinas do Rio Madeira - Jirau e Santo Antonio - em Rondônia, as maiores obras do setor em andamento. As novas hidrelétricas são consideradas fundamentais para possibilitar o crescimento do país, a um custo menor, na comparação com outros tipos de geração de energia.
Jirau, com seus 3.300 MW de potência, deixou de fazer parte da conta dos atrasados no início de junho, mas protagonizou um episódio exemplar dos problemas vividos pelo setor elétrico. Por semanas, a empresa Energia Sustentável do Brasil travou uma queda de braço com os governos de Rondônia e de Porto Velho em torno da mitigação do impacto ambiental. Enquanto isso, a obra ficou parada. Só depois de se comprometer a pagar mais R$ 114 milhões em ações para prefeitura e estado, a obra foi liberada pelo Ibama.
Em outro front, a polêmica usina de Belo Monte viu paralisada a discussão pública do seu Estudo de Impacto Ambiental (EIA) por uma decisão da Justiça Federal do Pará.
2 comentários:
Os problemas criados pelos ambientalistas visando proibir obras de geração de energia e grandes projetos de urbanização só serão superados quando vivermos à luz de velas, em tendas, no meio da floresta.
Esses ambientalistas se preocupam tanto com as árvores que até estão nascendo galhos em suas cabeças.
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