Mudança contida em duas propostas economizaria até R$ 185 milhões ao ano
BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou, na manhã desta quarta-feira, duas propostas de reforma administrativa da Casa. A estimativa era de uma economia anual de R$ 55 milhões a R$ 185 milhões, principalmente com redução de funcionários de confiança, ou seja, contratados sem concurso público.
O debate sobre a necessidade de mudança na estrutura do Senado foi iniciado após o escândalo dos atos secretos e agora voltou à estaca zero.
- Fica tudo como dantes no quartel de Abrantes - resumiu o senador Pedro Taques (PDT-MT), que votou contra as duas propostas por considerá-las pontuais.
A CCJ havia adiado a votação do projeto de reforma administrativa quatro vezes. A ultima foi no dia 4 de abril, quando a justificativa foi a ausência do relator do projeto, senador Benedito de Lira (PP-AL). Na semana anterior, diversos senadores haviam apresentado propostas de alterações ao texto e, com isso, o presidente da Comissão, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), argumentou que o assunto não poderia ser discutido na ausência do relator.
Em 2009, a imprensa investigou centenas de atos secretos pelos quais senadores e até funcionários praticaram o nepotismo. Depois de negar publicamente ter conhecimento da utilização dos atos pelo Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), chegou a admitir que já havia sido informado da prática. Para modernizar a administração, Sarney chegou a ter a consultoria da Fundação Getulio Vargas.
Um comentário:
Aguardávamos uma postura digna do Senado ao tratar da reforma administrativa.
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