Apesar de ter cativado britânicos, Kate enfrenta, um ano após casamento, cobrança cada vez maior para dar um filho ao príncipe William
LONDRES. Quando vem o bebê?
Essa pergunta deixa de cabelo em pé qualquer jovem casal. Imagine a duquesa Catherine e o príncipe William — que nem cabelo direito tem —, que têm a responsabilidade de perpetuar a linha de herdeiros da rainha britânica Elizabeth II. Será que hoje, dia em que comemoram um ano de casados, os dois vão encarar esse tipo de conversa? Na família real, não se sabe. Já a pressão pública é clara. Jornais e revistas especulam sobre o próximo passo dos dois, que mantiveram o jogo da mídia de celebridades quase morno desde a pomposa festa de casamento.
Kate Middleton está com 30 anos. É elegante, discreta e um modelo de perfeição para muitas admiradoras. Tudo que faz e veste é copiado e celebrado. Na posição que ocupa é natural que o planejamento familiar seja discutido publicamente. Estar no centro das atenções também exige um autocontrole, um conhecimento profundo de sua melhor pose, do sorriso, de onde se deve colocar as mãos, como caminhar, como acenar, o que dizer. Por isso, causou sensação o carinho da duquesa com o bebê Hugo Eric Scott Vicary, de apenas três semanas, num evento em homenagem aos exploradores polares, na última quinta-feira. O pai do bebê, Vic Vicary, um dos homenageados na cerimônia contou que a duquesa achou “o bebê muito fofo” e olhou para ele com carinho. O príncipe William mostrou que leva jeito, e levou Hugo para um colinho real.
Será que estão prontos?
De acordo com a pesquisa sobre fertilidade divulgada em fevereiro deste ano pelo Office for National Statistics, órgão do Reino Unido para estatísticas, a faixa etária que mais cresce entre mulheres que dão à luz é a de 40 anos para cima. Isso vem acontecendo porque as futuras mães querem estabilidade na carreira, desejam se qualificar nos estudos e ter plenas condições financeiras antes de encararem as responsabilidades da maternidade. Kate, que não tem esse tipo de preocupação, está no grupo mais jovem de crescimento de fertilidade, entre 30 e 34 anos. A situação é muito diferente de 30 anos atrás, quando o príncipe Charles e a princesa Diana (então com 21 anos) comemoraram o primeiro aniversário de casamento três semanas após o nascimento de William.
É difícil imaginar o que se passa pela cabeça da duquesa Catherine. Suas opiniões são tão reservadas quanto seu estilo de vida. O que se sabe é que ela se saiu muito bem no primeiro ano. Segundo o diário inglês “The Telegraph”, Kate mantém uma amizade próxima com o sogro e vem frequentando ao lado dele, sempre discretamente, óperas e galerias de arte. Em seu primeiro discurso público, no mês passado, quando visitou um albergue infantil, ela estava segura — William ligou das Falklands (nome britânico para as disputadas Malvinas), para dar uma força — e bem acompanhada, com o apoio do príncipe Charles e de sua mulher. Além da proximidade com a nobreza, Kate conquista os súditos pelo jeito simples —para uma princesa — pois compra em lojas frequentadas pela classe média e já foi vista tomando café como qualquer cidadão numa popular franquia.
O estilo da princesa ajudou a elevar a popularidade da família real e a própria moral nacional, segundo avaliam três quintos dos britânicos ouvidos em pesquisa da Opinium. Mas o mesmo levantamento revela que a maioria dos compatriotas espera para o ano que vem o nascimento do herdeiro real.
Kate e William têm todos os ingredientes para a receita da felicidade. Mas a pressa é inimiga da perfeição. E perfeição é a cara da família real britânica.
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