quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Virgílio Freire - A Globo e a (des)informação

Leio no Blog de meu amigo Virgilio Freire (HTTP://virgiliofreire.blogspot.com/) um artigo com o título A Globo e a (des)informação e registrei o comentário abaixo:

Toda empresa privada tem como objetivo o lucro. O lucro, grosseiramente definido, é o resultado do faturamento menos as despesas. Nas empresas de comunicação, o faturamento vem dos anúncios. Os anunciantes procuram o canal de comunicação que detém o maior nível de audiência, para que suas mensagens alcancem o maior número de pessoas possível. Não interessa a qualidade do programa exibido se ele está sendo assistido por uma grande porcentagem dos televisores ligados.

Cito como exemplo, o programa Casseta e Planeta, da TV Globo, uma das maiores demonstrações de grosseria e mau gosto de que tenho notícia. Não importa, para a Globo. O programa não é para mim, é para outra classe de pessoas, de outro nível cultural, social e financeiro. Se está no ar há tantos anos é porque a outra faixa, à qual eu não pertenço, está assistindo.

O foco de seu artigo são os noticiários, especificamente, o Jornal Nacional. Pois bem, o tempo mais caro da TV brasileira para o anunciante são os intervalos do Jornal Nacional, o que significa que ele é assistido por uma porcentagem absurda dos televisores ligados, informando, não informando ou (des)informando, porque quem está assistindo, em sua grande maioria, são as pessoas que não estão interessadas nas notícias, mas estão esperando a novela das oito.

Em resumo: A TV brasileira é de baixíssima qualidade, mas não porque não tenha profissionais competentes, mas porque o público que assiste também é de baixíssima qualidade. Ela não se preocupa com você nem comigo e sim com as massas. Nós, decididamente, não somos massa. O mesmo acontece em outros segmentos: a publicidade, e, o mais grave, a classe política.

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