O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, (foto) conversou neste sábado por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possível gravação de sua conversa por telefone com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conforme reportagem da revista Veja. De acordo com a assessoria de imprensa do Supremo, os dois acertaram um encontro para a próxima semana, mas não definiram o dia.
Em São Paulo, o presidente Lula condenou o grampo ilegal e disse que é preciso apurar quem são os autores.
Em São Paulo, o presidente Lula condenou o grampo ilegal e disse que é preciso apurar quem são os autores.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou nota afirmando que abrirá sindicância interna para apurar possível envolvimento de servidores em espionagem ilegal do gabinete do presidente do Supremo. Segundo a Abin, o fato de Gilmar Mendes e Demóstenes Torres confirmarem que o diálogo existiu, não significa que houve grampo, e se houve, que ele tenha sido realizado pela agência. Em Atibaia (SP), onde participava de um evento hoje, Mendes classificou a interceptação do telefonema como atentado contra o STF, o Judiciário e a democracia.
Para Demóstenes não há dúvida que o Judiciário e o Legislativo estão sofrendo espionagem por parte de um órgão controlado pelo Executivo. Como Gilmar, o comando do Legislativo está se mobilizando para reagir e cobrar energicamente uma posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o responsável pela Abin, que responde à Presidência da República.
No Congresso, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, teria sido outra vítima dos arapongas da agência.
Para Demóstenes não há dúvida que o Judiciário e o Legislativo estão sofrendo espionagem por parte de um órgão controlado pelo Executivo. Como Gilmar, o comando do Legislativo está se mobilizando para reagir e cobrar energicamente uma posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o responsável pela Abin, que responde à Presidência da República.
No Congresso, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, teria sido outra vítima dos arapongas da agência.
De acordo com a reportagem da Veja, os agentes da Abin grampearam o gabinete do ministro na mesma época em que o presidente do Supremo foi muito criticado por ter concedido habeas corpus para libertar o banqueiro Daniel Dantas.
Ainda de acordo com revista, o funcionário que repassou as gravações disse que grampos de pessoas importantes são rotina em Brasília. Segundo ele, apenas em seu setor já teriam passado gravações de conversas do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e de mais dois ministros que despacham no Palácio do Planalto - Dilma Rousseff, da Casa Civil, e José Múcio, das Relações Institucionais.
Já no Congresso teriam sido interceptadas ligações de Garibaldi Alves e dos senadores Arthur Virgílio, Álvaro Dias e Tasso Jereissati, todos do PSDB, além do petista Tião Viana. No STF, além de Gilmar Mendes, o ministro Marco Aurélio Melo também teria os telefones grampeados.
De acordo com o ministro José Múcio, que apóia a investigação para coibir qualquer tentativa de espionagem, cria-se um constrangimento mas não uma preocupação.
- Há muito tempo que digo que meu telefone é uma rádio comunitária - afirmou.
- Há muito tempo que digo que meu telefone é uma rádio comunitária - afirmou.
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