quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um Dinheirinho a Mais


Depois de endurecer o discurso semana passada em torno de reajuste de 6,14 %, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta terça-feira, pessoalmente, na negociação sobre o reajuste a ser dado a aposentados que ganham acima do salário mínimo. Ele confirmou que o aumento de 7% é o limite, mas sua base aliada no Congresso ameaça impor uma derrota ao governo, aprovando 7,7% na Câmara e no Senado. Só o PMDB pode impedir essa votação nesta quarta-feira, e poderá fazê-lo diante do convite de Lula para um jantar com os senadores da base aliada na quinta-feira.
Na reunião desta terça-feira, Lula enquadrou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que defendia os 7,7%, como querem as centrais sindicais, em especial a Força Sindical. A estratégia do governo, aceitando melhorar o reajuste de 6,14% para 7%, foi acertada nesta terça.
Depois da reunião com o presidente, os líderes do governo na Câmara e no Senado, Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Jucá, anunciaram que vão negociar os 7% com a base aliada e que aumento acima desse valor será vetado.
- A equipe econômica disse que a Previdência não tem recursos para pagar além disso (6,14%). Vou me esforçar para fazer um acordo com a base para chegar a 7%. Aí, atende à pressão dos aposentados e da base. Depois, nos esforçaremos para repetir o acordo no Senado - disse Vaccarezza, que é o relator da MP 475.
O problema é que Vaccarezza fracassou, até agora, em todas as tentativas de ganhar apoio para os 7%. Enquanto estava com Lula, os discursos em plenário eram a favor do reajuste de 7,7%, que custaria mais R$ 1,6 bilhão e seria o resultado da inflação mais 80% do PIB de 2008. Ao saber do encontro com Lula, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que vai defender o adiamento da votação até a conversa de Lula com os senadores.
- Não pode ter uma discussão aqui, na Câmara, e outra no Senado. É ruim para os dois. Um lado, porque sai como o fraco, e o outro (que vota um reajuste maior), sai como bonzinho - disse Henrique Alves.
- Se o acordo for consolidado na Câmara, traremos ao Senado. O acordo na Câmara fortalece a posição do Senado e fortalece a possível sanção do presidente. Se for construído o acordo, vai chegar de forma redonda ao presidente - disse Jucá.
Nesta terça-feira, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, reuniu parlamentares de vários partidos, que insistiram nos 7,7%:
- Aqui, na Câmara, vai dar os 7,7%. Se o Senado também aprovar os 7,7%, duvido que o presidente vete. Ele vai brigar com os aposentados por causa de R$ 600 milhões? Vai gastar mais com o aumento dos juros.
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Ivanildo, eufórico:
- Alvíssaras, chefe, alvíssaras !! Finalmente vou colocar em dia os pagamentos do carnê das Casas Bahia.

2 comentários:

AAreal disse...

Ivanildo, eu também fiquei muito feliz com o aumento que recei. De ruim foi a dúvida que fiquei se invisto essa folga financeira que terei em ações ou imóveis.

Alberto del Castillo disse...

Caro Toninho como agradecimento acho que deve investir em algum PAC.
Aproveita que a patente do Viagra foi extinta no Brasil e agora qualquer genérico serve.