sábado, 9 de março de 2013

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Mais um Estudo...": 
Quem diria? Dizem que serve também para preservação das espécies. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Joaquim Barbosa manda repórter do Estadão 'chafurd...": 
Depois da eliminação do Flamengo os nervos estão à flor da pele. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Mais um Estudo...


Sexo pode estimular parte do cérebro responsável por inteligência

  • Prática estimula o crescimento de células cerebrais no hipocampo, parte responsável pela memória e pelo aprendizado, segundo estudo


Sexo frequente não só reduz o estresse, mas aumenta o poder do cérebro
Foto: Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo
Sexo frequente não só reduz o estresse, mas aumenta o poder do cérebro Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo
LONDRES - O sexo pode estar diretamente ligado à inteligência. Pesquisadores descobriram que as áreas do cérebro responsáveis pelo estado de alerta funcionam melhor em casais que têm uma vida sexual ativa e que começaram novos relacionamentos há pouco tempo.
Cientistas da Universidade de Paiva, na Itália, examinaram o sangue de três diferentes grupos: aqueles que se apaixonaram recentemente; aqueles que estão em relacionamentos de longo prazo; e solteiros. O primeiro grupo apresentou níveis significativamente elevados de crescimento do nervo nas áreas do cérebro que monitoram o bem-estar mental. Já os casais que estão juntos há muito tempo tiveram nível menor de desenvolvimento, sugerindo benefícios óbvios para a saúde no início do amor. Os resultaram sugerem que o sexo frequente não só reduz o estresse, mas aumenta o poder do cérebro.
Um outro estudo, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, sugere que o sexo estimula o crescimento de células cerebrais no hipocampo, parte responsável pela memória e pelo aprendizado. Segundo os pesquisadores, fatores como estresse e depressão ajudam no encolhimento do hipocampo. O sexo, no entanto, pode contrariar esse efeito.
“Os níveis do hormônio ocitocina aumentam cerca de 500 por cento durante o sexo, fazendo com que nos sintamos relaxados, e melhorando o sono”, afirmou ao tabloide britânico Daily Mail a especialista em relacionamento Tracey Cox.


Joaquim Barbosa manda repórter do Estadão 'chafurdar no lixo'




O Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, recomendou que um repórter do jornal “O Estado de S. Paulo” fosse “chafurdar no lixo”. Em seguida, o chamou de “palhaço”. As declarações foram dadas diante de uma tentativa de pergunta do jornalista, na saída da sessão desta terça-feira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), diante de outros jornalistas.
Cerca de duas horas depois, a assessoria de imprensa do tribunal divulgou nota pedindo desculpa. O documento foi assinado pelo secretário de Comunicação Social da Corte, Wellington Geraldo Silva.
O repórter iniciou o diálogo perguntando: “presidente, como o senhor está vendo...”. Antes de terminar a pergunta, veio a resposta de Barbosa, com o tom de voz alto:
- Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz. Me deixa em paz. Vá chafurdar no lixo, como você faz sempre.


Comentários dos Leitotrd

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "‘Brasileiro Odilo Scherer é um nome limpo em Roma’...": 
Bento XVI era um intelectual sem nenhuma vocação para manobras políticas.
Como a política hoje é considerada prioridade na Santa Sé, Dom Scherer tem chance.
O estranho é que suas apregoadas qualidades nada tenham a ver com méritos próprios.
Em seu "curriculum" os pontos de apelo eleitoreiro são o fato de ser brasileiro e não ter sido denunciado como envolvido em crimes sexuais. Francamente, ser brasileiro é fortuito e não participar de escândalos sexuais é sua obrigação.
"O Tempora, o mores". 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Quem não é visto não é lembrado, por Ilimar Franco...": 
O problema dos candidatos não é a sua visibilidade.
O problema é que não gostamos do que vemos. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Lógica Masculina": 
A moça frequentou a Escola de Estatística "Marta Suplicy" financiada pelo PT.
Criar modelos estatísticos sem nenhuma aplicação prática para iludir os embevecidos correligionários, faz parte do ensino fundamental. 


quarta-feira, 6 de março de 2013

Quem não é visto não é lembrado, por Ilimar Franco


 5 de março de 2013

Ilimar Franco, O Globo


Candidatíssimo ao Palácio do Planalto, o governador Eduardo Campos (PSB) já está trabalhando sua imagem no restante do país. Em janeiro, numa revista especializada em política, editada em Porto Alegre (RS), a “Voto”, o governo de Pernambuco publicou um anúncio publicitário de dez páginas do Programa Ganhe o Mundo, da Secretaria de Educação.
Num dos títulos diz: “O Brasil inteiro está aprendendo com Pernambuco”.
Por essas e outras que, em conversa recente, com petistas, quando perguntaram ao ex-presidente Lula se, na mesma situação de Campos, ele não concorreria à Presidência, respondeu sem pestanejar: “É óbvio que sim.”

Lógica Masculina

Mulher: Você bebe?

Homem: Sim

Mulher: Quanto por dia?

Homem: 3 uísques

Mulher: Quanto paga p/ uísque?

Homem: Cerca de R$ 10,00

Mulher: Há quanto tempo você bebe?

Homem: 20 anos

Mulher: Um uísque custa R$ 10,00 e você. bebe 3 por dia, R$ 900,00 por mês e R$ 10.800,00 por ano, certo?

Homem: Correto

Mulher: Se em um ano você gasta R$ 10.800,00 sem contar a inflação em 20 anos você gastou R$ 216.000,00, correto?

Homem: Correto

Mulher: Você sabia que esse dinheiro aplicado e corrigido com juros compostos durante 20 anos você poderia comprar uma Ferrari?

Homem: Você bebe?

Mulher: Não

Homem: Então, cadê a porra da sua Ferrari???...

‘Brasileiro Odilo Scherer é um nome limpo em Roma’



  • Andreas Englisch, correspondente alemão no Vaticano e autor de ‘O homem que não queria ser Papa’, aposta no cardeal de São Paulo
  • Ele descarta a eleição de um italiano ou americano como sucessor de Bento XVI


Andreas Englisch e Joseph Ratzinger
Foto: Divulgação
Andreas Englisch e Joseph Ratzinger Divulgação
RIO - A renúncia de Bento XVI não foi uma surpresa para o correspondente alemão há 25 anos no Vaticano e autor do livro “O homem que não queria ser Papa”, Andreas Englisch. Com a mesma firmeza com que previu a saída de Joseph Ratzinger, o escritor afirma que o próximo Pontífice pode ser brasileiro. Em entrevista ao GLOBO, Englisch diz apostar no cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e descarta a possibilidade de um religioso americano ou italiano. Scherer, segundo o correspondente, é visto como um nome “limpo” em Roma. Um cardeal mais jovem, imune a escândalos de corrupção e abusos sexuais e capaz de reconquistar fiéis do maior país católico do mundo.

Andreas Englisch:
 Dom Odilo Scherer é o favorito na América, tem boas chances. O Brasil é a maior país católico do mundo e está passando por um grande problema que é a perda de católicos. Um Papa brasileiro poderia reconquistar fiéis de toda a América Latina, o que seria muito importante. Scherer é novo, fala várias línguas e é considerado um nome limpo em Roma.O GLOBO: Faltando poucos dias para o conclave que elegerá o próximo Papa, quais os candidatos o senhor aponta como favoritos para suceder Bento XVI?
E os cardeias americanos? O arcebispo de Nova York Timothy Dolan é visto como um nome forte...
Andreas Englisch: A maioria dos candidatos americanos se envolveu em escândalos de abuso sexual. Se elegessem um Papa americano e depois fosse descoberto que ele está implicado em algum caso, seria um desastre. Muitos cardeais não aceitariam isso, querem um nome limpo. E não está claro quem nos Estados Unidos se envolveu ou não em escândalos no passado.
O senhor não acha que os cardeais italianos vão tentar recuperar o trono?
Andreas Englisch: Acho que sim, e o Angelo Scola é um dos principais. Mas não acredito que eles sairão vitoriosos. Há muitas pessoas no resto do mundo que desejam globalizar a Igreja e não querem um Papa italiano. Fora que a corrupção e os problemas do Banco do Vaticano são tão grandes, e tem tantos italianos envolvidos, que não dão boas chances aos cardeais do país.
E o Tarcisio Bertone?
Andreas Englisch: Se um Papa tiver sucesso durante seu pontificado, as pessoas tentarão escolher uma pessoa próxima a ele, o que aconteceu na transição de João Paulo II para Ratzinger, e não é o caso agora. Eles nunca vão escolher Bertone, é impossível, fora que ele cometeu muitos erros.
Em seu livro, o senhor já previa um pontificado breve de Joseph Raztinger. O que o levou a pensar que Bento XVI renunciaria?
Andreas Englisch: Eu sabia que ele iria renunciar, sempre pensei isso. Ratzinger é muito tímido, não gosta de ser visto. Ser eleito foi a morte para ele. Ele não gosta de ficar na presença de muitas pessoas, nem de câmeras. Me lembro que, há muito tempo, perguntei se ele imaginaria ser Papa algum dia. Ele respondeu que nunca poderia fazer isso.
O senhor acha que os escândalos no Vaticano contribuíram para a renúncia? Ou foi só a saúde de Bento XVI que pesou na escolha?
Andreas Englisch: O principal motivo é que o Vaticano não o protegeu. Nos últimos anos do pontificado de João Paulo II todo mundo o defendeu por que gostavam dele. Com Ratzinger não foi assim. Ele foi o Papa mais solitário nos últimos 500 anos, um dos mais fracos na história. E com os escândalos de corrupção e de pedofilia na Igreja, a Cúria viu que precisava de um Papa muito forte. Percebeu que escolheu o homem errado para o cargo. Ratzinger não era um homem que guiava ou queria guiar a Igreja. Ele deixou a maior parte das decisões para a secretaria de Estado, o que foi um grande erro. João Paulo II estava muito doente, não podia mais andar, falar, não movia os braços, o corpo e mesmo assim não renunciou. Ratzinger podia andar e falar perfeitamente.
Qual foi a reação dos alemães diante da decisão de Ratzinger? Eles se sentiram órfãos?
Andreas Englisch: Algum pessoas podem até ter se sentido órfãs, mas a maioria se sente desapontada pelo pontificado. Os alemães sempre tiveram problemas com Bento XVI, eles nunca ficaram muito felizes com Ratzinger. Eles pensam que ele perdeu a chance histórica de pedir desculpas pelo o que os católicos alemães fizeram na Segunda Guerra Mundial. A maioria pensou, no entanto, que a renúncia foi uma decisão poderosa, que mostrou como ele foi inteligente por ter parado no momento em que se sentiu fraco.
Com a doença de João Paulo II, a Igreja já estava se preparando para a sucessão. O senhor acha que, por terem sido pegos de surpresa, os cardeais poderiam levar mais tempo para escolher o sucessor?
Andreas Englisch: Acho que o conclave vai começar em 11 de março e teremos um Papa no dia 14 de março. Os cardeias têm que ser rápidos, eles precisam voltar para casa. O único período em que um cardeal tem que estar em sua cidade é na Páscoa. E eles precisam de um Papa.
O senhor acha que a decisão de Bento XVI abre precedentes para que os próximos Papas deixem o cargo?
Andreas Englisch: Bento XVI criou um grande problema. A partir de agora todos os Papas estão aptos a renunciar por fraqueza política e pela saúde.


A Palavra do Dia

Amarelinha
É o nome de uma brincadeira infantil, que vem da palavra francesa marelle, pedaço fragmentado de madeira ou pedrinha, que era usado para marcar o progresso do jogador. Acontece que, aos ouvidos portugueses, a palavra soava como o diminutivo de amarelo, amarelinha. Uma das versões de sua origem diz que nas conquistas dos romanos, as estradas que levavam aos novos territórios foram pavimentadas. Para distrair as crianças das redondezas, os romanos faziam desenhos no chão e elas pulavam a amarelinha com uma pedrinha ou pedaço de cerâmica. Outra possível origem vem do início da Idade Média, quando as contribuições para a igreja eram jogadas nas escadarias. Logo, os fiéis tinham que pular as moedas para não pisá-las. O caminho do jogo, que vai da terra ao céu, pode ter, portanto, significado religioso.

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Cartas de Londres: Educado é fingir que o outro nã...": 
Viver numa ilha traz suas consequências. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Palavra do Dia": 
A caixa preta também representa algo inaccessível, escondido.
"O futuro do Brasil é uma caixa preta." 

terça-feira, 5 de março de 2013

Cartas de Londres: Educado é fingir que o outro não existe




Mauricio Savarese
O que nós latinos achamos de uma frieza sem igual, como não ganhar um bom dia de volta do porteiro do prédio ou ouvir o silêncio em resposta a um comentário bem humorado no ônibus, para os londrinos é uma forma sutil de mostrar respeito pelo espaço alheio.
E isso, descobri em um livro que se pretende de sociologia britânica, tem até nome: polidez negativa. Não vale para os pubs, onde a bebida fala bastante, mas quem papeia com estranhos em espaços públicos pode ser confundido com um doido ou com alguém que acabou de tomar todas.
Milhões de pessoas vêm das cidades ao redor de Londres para trabalhar ou estudar. Muitos pegam trem no mesmo horário todos os dias com um mesmo grupo de pessoas. Nem por isso se falam. Um colega que vem de uma cidadela chamada St Albans passa cerca de três horas todos os dias viajando para Londres. Na etapa da manhã, há uma moça por quem ele ficou abobado há dois anos. Conversaram pela primeira vez há duas semanas, quando o trem quebrou e os passageiros tiveram de andar nos trilhos de volta para a estação de origem.
“Reclamamos dos atrasos”, disse ele. Nem o nome perguntou. Eles continuam se vendo no trem da manhã. E voltaram a não se falar. “É normal. Se você conversa com uma pessoa uma vez, pode ficar na obrigação de falar de novo. Ninguém quer isso. Para falar mal do transporte ok, todo mundo fala mesmo”, ele me conta. E me relembro só interagia com gente daqui antes da faculdade quando o metrô travava.


Shaun Curry / AFP Photo

Uma amiga que já passou uma longa temporada na América do Sul diz que ficava chocada com as olhadas de brasileiros e argentinos. “Aqui olhar diretamente tem só dois sentidos: não gostei de você ou gostei bastante de você. Mas mesmo quando gostam ninguém te olha como vocês fazem lá”, ela diz. “Talvez vocês entendam que ser educado é fazer o outro se sentir querido e nós somos mais preocupados em não ofendermos. São sensibilidades diferentes.” Bingo.
Já vi gente corar no ônibus ao ser pega saltando os olhos para o meu jornal. Já vi uma bêbada bonita baixar a cabeça porque eu e um amigo olhamos com interesse (ela entendeu outra coisa, disse à amiga que não tínhamos direito de olhar só porque ela tinha tomado demais). Enfim, agora aceito que parte do que chamamos de frieza seja outra coisa. No fundo, o meu desconforto com eles deve ser tão grande quanto o deles comigo.

Maurício Savarese é mestrando em Jornalismo Interativo pela City University London. Foi repórter da agência Reuters e do site UOL. Freelancer da revista britânica FourFourTwo e autor do blog A Brazilian Operating in This Area No Twitter. Escreve aqui às segundas-feiras.

A Palavra do Dia


Caixa-preta 
A caixa-preta é um aparelho (normalmente posto na cauda do avião) que registra os dados de voo e as conversas da tripulação. As caixas-pretas são feitas de materiais muito resistentes, como aço inoxidável e titânio, e suportam fortes impactos, temperaturas e pressões. Apesar de seu nome, a caixa-preta não é preta, nem uma caixaNa verdade, as caixas-pretas são cilindros cor de laranja vibrante, o que facilita seu encontro em caso de acidente. Seu nome vem da aviação militar, que de fato utilizou por muito tempo o aparelho na cor preta, que a torna mais difícil de encontrar. Dessa forma, caso ocorresse algum acidente, os inimigos não desvendariam seus planos e segredos. Recentemente, o dispositivo passou a ser usado também em locomotivas nos Estados Unidos e na Europa.

Comenmtários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Escolha do Papa": 
A eleição de Dom Odilo Scherer na situação atual da Igreja seria uma tragédia. Mais um ultra- conservador num momento de necessidade de abertura agravaria o relacionamento precário do Vaticano com o povo de Deus. 


Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Escolha do Papa": 
Torcemos que o novo Papa seja um Leão XIV ou um João XXIV.
A Igreja precisa renovar em meio à atual crise. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Nada de Novo no Front, por Marcos Coimbra": 
Muita água há de rolar antes que a disputa presidencial tenha consistência para análises bem fundadas. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Pagando pelo futuro, por Ilimar Franco": 
A dança das cadeiras é um bom indicador de futuras alianças partidárias 


domingo, 3 de março de 2013

A Escolha do Papa


Cardeais começam encontros informais em Roma, e nome de dom Odilo cresce nas conversas

  • Decisões são tomadas em cafés e restaurantes, a portas fechadas
Tópicos da matéria:


Em Roma, um homem tenta retirar um cartaz que apoia Peter Turkson para novo Papa
Foto: ALESSANDRO BIANCHI / REUTERS
Em Roma, um homem tenta retirar um cartaz que apoia Peter Turkson para novo PapaALESSANDRO BIANCHI / REUTERS
ROMA — Os cardeais que se reunirão para o conclave a portas fechadas na Capela Sistina nos próximos dias devem se inspirar no Espírito Santo, segundo a tradição da Igreja Católica, e não na política terrena. Mas o carrossel de candidatos que já gira em Roma leva para a Europa as maiores chances. Não só pelo fato de que 60 dos 115 cardeais eleitores sejam do Velho Continente, mas porque os nomes mais fortes se encontram ali - como o arcebispo de Budapeste, Peter Erdö, ou seus colegas de Viena, Christoph Schönborn, e de Milão, Angelo Scola. Além dos europeus, uma surpresa é o nome do brasileiro dom Odilo Scherer, também entre os mais cotados.

- Não há tecnicamente nenhuma campanha ostensiva - disse ao jornal “Huffington Post” o padre Thomas Reese, autor de “Por dentro do Vaticano: A Política e Organização da Igreja Católica”. - As campanhas públicas para o papado são desaprovadas e qualquer cardeal que as fizesse não poderia conseguir o cargo.Na capital italiana, começaram surgir nesta sexta-feira cartazes que promovem o ganês Peter Turkson. Os pôsteres foram colados sobre anúncios usados pelos candidatos das eleições italianas, que aconteceram esta semana. Mas, diferentemente das eleições parlamentares, os candidatos ao papado não podem realizar campanhas públicas, o que sugere que os cartazes foram colocados por apoiadores do ganês.
Mas em reuniões secretas, o nome do brasileiro dom Odilo Scherer começa a ganhar força, segundo o jornal “La Stampa” - o fator idade, ele tem 63 anos, seria um dos seus grandes trunfos. Um dos grupos que o apoiariam seria o dos americanos, que destacam a necessidade de o pontificado sair da Europa para que a Igreja tenha sua força renovada.
- Brasileiro, de origem alemã (agradável ao camerlengo Tarcisio Bertone), arcebispo de São Paulo, tem experiência na Cúria Romana e uma doutrina sólida. Ele também tem familiaridade com questões financeiras, sendo um dos cinco cardeais que supervisiona as atividades do Banco do Vaticano - especulou o vaticanista Giacomo Galeazzi.
Para a imprensa local, o austríaco Schönborn também é um dos favoritos, por ser um seguidor de Joseph Ratzinger - não se pode esquecer que mais da metade dos cardeais foram nomeados durante os oito anos do pontificado de Bento XVI.
Nesta sexta-feira, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, despachou aos colegas, uns por fax, outros por e-mail, a carta com a primeira convocação para as “congregações gerais” que terão início na segunda-feira. As reuniões antecedem a abertura do conclave e se arrastam até a chegada de todos os 115 eleitores cheguem a Roma - sendo, segundo analistas, mais importantes que o próprio conclave.
Papável: Estão fumando muita maconha
Muitos não escondem a ansiedade.
- Todo mundo, eu também, quer um conclave o mais rápido possível. Sentimos falta do Papa e queremos um novo. E temos todos um emprego para o qual queremos retornar - disse o cardeal nova iorquino Timothy Dolan.
Considerado um dos papáveis, ele desconversou quando questionado sobre um eventual favoritismo.
- Eu disse a quem acha isso que estão bebendo muito ou fumando muita maconha - afirmou à CNN. - Estou honrado que as pessoas pensem assim, mas não apostaria nisso.
Na quinta-feira, o Vaticano confirmou que a primeira congregação acontecerá no dia 4 de março. A partir dessa data, a Santa Sé poderá anunciar a qualquer momento quando será o início das votações que irão escolher o próximo Sumo Pontífice. Prontas, as 106 suítes e 22 quartos simples da Casa de Santa Marta, onde se hospedarão os cardeais, serão sorteadas aos eleitores. E a um mês da Páscoa, o tempo pesa. Se em 2005, as “congregações gerais” ocorriam somente de manhã, o convite enviado nesta sexta-feira previa duas sessões na segunda-feira num indício de que o Vaticano quer muitas discussões em pouco tempo.
Nos encontros, todos os cardeais do Colégio, incluindo aqueles maiores de 80 anos, sem direito a voto, debatem os temas cruciais da Igreja na Sala do Sínodo. Nos intervalos, dá-se a oportunidade para que os cardeais se conheçam pessoalmente. Almoços e jantares viram networking - onde possíveis alianças visando ao voto podem surgir.
- O que os cardeais vão dizer publicamente são generalidades sobre que tipo de Papa eles querem. Talvez alguém do Terceiro Mundo ou um bom comunicador. Mas a politicagem real acontece em jantares e cafés a portas fechadas, em como os cardeais se sentem em relação aos outros, nas perguntas que mostrarão quem será o melhor sucessor do Papa - explicou Reese.
Apesar das previsões, um antigo ditado romano diz que campanha ou prognósticos sobre o conclave não acabam bem: “Aquele que entra no conclave como Papa, sai como cardeal”.


Nada de Novo no Front, por Marcos Coimbra



Marcos Coimbra, Carta Capital
Apesar dos esforços em contrário de alguns comentaristas, o noticiário político do mês passado foi dos menos emocionantes dos últimos tempos. Bem que quiseram torná-lo interessante, tentando enxergar novidades onde nenhuma havia, mas não funcionou.
O que terminaram fazendo foi vender gato por lebre.
A tese que inventaram é que, em fevereiro, o sistema político deu a largada para a corrida eleitoral de 2014, algo que, se tivesse efetivamente acontecido, seria um fato relevante. Implicaria duas coisas: que não tinha começado antes e que estaríamos em campanha desde então.
Na opinião desses analistas, PT e PSDB, cada um a seu modo, teriam “precipitado” a eleição. Ao fazê-lo, teriam levado outras forças políticas a antecipar seus movimentos tendo em vista a próxima sucessão presidencial.


Só que nada de realmente significativo aconteceu.
Do lado do PT, a tal antecipação viria de Lula ter afirmado, na reunião de comemoração dos dez anos de governos populares, que Dilma era candidata. Que ela tinha todo o direito de disputar a reeleição e era a favorita para vencer.
Como diria Mino Carta, até o mundo mineral sabia disso.
Desde quando Dilma tomou posse, ninguém ouviu Lula afirmar algo diferente. Mais especificamente, nunca manifestou a vontade ou a intenção de ser o candidato de seu partido ano que vem.
Está claro que isso não quer dizer que seria impossível que o fosse, na hipótese de Dilma não querer ou não poder se reapresentar. Contando com a preferência de dois terços do eleitorado, o ex-presidente era, é e continuará sendo um forte candidato em potencial.
Só se surpreendeu com sua declaração quem andou apregoando o oposto, que Lula cultivava o “desejo secreto” de ser o candidato do PT em 2014. Esses, que acham que conhecem suas “motivações íntimas”, se esquecem do óbvio.
Na cultura política que desenvolvemos depois da adotar a reeleição - nunca é demais lembrar que por iniciativa dos tucanos, que pretendiam permanecer no poder por muitos anos -, apenas o administrador que fracassa deixa de disputar o segundo mandato. Com a exceção de Itamar Franco, que podia fazê-lo em 2002, mas se absteve por razões filosóficas (e assim abriu caminho para a primeira eleição de Aécio ao governo de Minas), todos os minimamente bem sucedidos o buscaram.
Tirar de Dilma essa possibilidade equivaleria a considerar que faz um péssimo trabalho e que não merece sequer a chance de pleitear a recondução.

Marcos Coimbra é presidente do Instituto Vox Populi de Pesquisas

Pagando pelo futuro, por Ilimar Franco






Mministro Fernando Pimentel

A decisão da presidente Dilma em dar ao PMDB de Minas Gerais o Ministério dos Transportes resolve uma questão eleitoral futura. Contemplando os peemedebistas mineiros, o ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento Econômico) garante o partido em sua chapa ao governo. Decidido o ministério, agora a bancada do PMDB na Câmara pressiona pela indicação do deputado Leonardo Quintão (MG). O atual ministro, Paulo Passos, deverá voltar a ser secretário-executivo da pasta. Resolvida a equação eleitoral com o PMDB, resta a Dilma agora enfrentar as negociações com PDT e PR como forma de não perdê-los em 2014.

A Palavra do Dia


Concretismo 
Movimento cuja característica é a dissociação da forma de qualquer modelo natural, concentrando-se nos elementos materiais e visuais da própria obra. Os princípios do concretismo exaltavam a racionalidade e a ciência, rejeitando qualquer conotação lírica ou simbólica. Não havia preocupação com a distinção entre forma e conteúdo – o quadro não tem outro significado senão ele próprio. Destacam-se os artistas Max Bill, Josef Albers e Bruno Munari. Esses artistas se inspiravam na psicologia da Gestalt, cujo conceito de forma diz que só é possível conhecer o todo por meio de suas partes. No Brasil, a primeira Bienal de São Paulo, de 1951, estimulou artistas como Ivan Serpa, Lígia Clark e Hélio Oiticica a experimentarem a linguagem geométrica do concretismo. No campo da literatura, nasceu aqui a poesia concreta, que depois alcançou os países europeus, os Estados Unidos e o Japão.

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Cabral e Lula": 
Todo debate é bemvindo. O endurecimento do PMDB é consequência da percepção de fragilidade do PT no Rio

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Escolha do Novo Papa": 
O Espírito Santo vai fazer hora extra nesta eleição. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Palavra do Dia": 
O time do modernismo era supimpa.
Não podemos esquecer o cracaço da música Heitor Villa-Lobos. 
. 

sábado, 2 de março de 2013

Cabral e Lula



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Cabral pressiona Lula para convencer Lindbergh a desistir de candidatura

  • Ex-presidente, porém, evita compromisso; PT e PMDB do Rio trocam ofensas

Conversa difícil. Cabral disse a Lula que PMDB do Rio
Foto: Agência O Globo / Marcelo Carnaval
Conversa difícil. Cabral disse a Lula que PMDB do Rio Agência O Globo / Marcelo Carnaval
RIO — Em mais uma ofensiva contra a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio de Janeiro em 2014, o PMDB pressiona diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante jantar oferecido ao petista na quarta-feira em seu apartamento, no Leblon, o governador Sérgio Cabral avisou que não abrirá mão de lançar o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à sucessão estadual.

Além de Lula e Cabral, participaram do jantar Pezão e o prefeito Eduardo Paes, também do PMDB. Cabral cobrou de Lula a iniciativa de convencer Lindbergh a desistir. O governador manteve o mesmo tom da nota divulgada pelo PMDB do Rio segunda-feira, na qual o partido diz que não apoiará a reeleição da presidente Dilma Rousseff, se Lindbergh disputar o pleito. Cabral reafirmou também que os peemedebistas não formarão palanque duplo para Dilma.
Em eventos públicos, porém, como o de quarta-feira, durante a abertura de um seminário sobre hanseníase, no Rio, Cabral foi só afagos com Lula. Os dois chegaram juntos no helicóptero do governo do estado. Cabral sentou-se ao lado de Lula e posou para fotos. No discurso, não poupou elogios a Lula. nesta quinta-feira, os dois visitaram as obras do Maracanã ao lado de Pezão.
Apesar da cobrança, Lula não sinalizou se vai intervir no PT do Rio para sepultar a candidatura de Lindbergh. Em 2010, o ex-presidente impediu o petista de ser candidato para apoiar a reeleição de Cabral. Ano passado, Lula também exigiu que o PT pedisse votos para a reeleição de Paes. Anteontem, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, declarou que a candidatura de Lindbergh “é para valer”.
— Foi uma conversa dura e difícil. O Lula teve a noção exata de que não haverá entendimento. A partir daí, ele disse que vai resolver. O ex-presidente ficou preocupado, mas se mostrou compreensivo — contou um peemedebista.
Cabral e o PMDB não vão parar com os ataques contra Lindbergh. Nessa estratégia, deverão atingir a ex-governadora Benedita da Silva (PT). Em 2002, ela era vice-governadora e assumiu o cargo no lugar do então governador Anthony Garotinho, que disputou à Presidência. Os peemedebistas pretendem usar a sua base aliada na Assembleia Legislativa para bater na administração de Benedita e relembrar casos como a rebelião de Bangu 1, chefiada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar. Também serão vasculhadas possíveis irregularidades cometidas por Lindbergh quando ele era prefeito de Nova Iguaçu. O atual prefeito da cidade, Nelson Bornier (PMDB), era ex-desafeto de Cabral, de quem se reaproximou em 2012. O PMDB também não descarta citar o mensalão.
Lindbergh, que vai se encontrar com Lula na próxima semana, reagiu:
— Lula é nosso líder. Com ele não vão funcionar pressão e ameaças. Lula sabe que nós abrimos mão das eleições de 2010 e 2012. Sabe que não podemos virar sublegenda do PMDB. Esse episódio (jantar) só serviu para fortalecer a minha candidatura.
A gota d'água para Cabral foram as inserções do programa do PT na TV exibidas nas últimas semanas, com Lindbergh como estrela, assinadas pelo marqueteiro João Santana, o mesmo de Lula e Dilma. Os filmes criticaram o suposto favorecimento do governo do estado a áreas nobres.
Em entrevista à Rádio CBN e ao jornal “Extra”, o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, chamou Lindbergh de moleque e o PT de calhorda. Os petistas reagiram: o presidente regional do PT, Jorge Florêncio, chamou nesta quinta-feira Picciani de desclassificado.

 

A Escolha do Novo Papa




Dom Geraldo revela ter cinco nomes favoritos para conclave

  • Cardeal afirma que brasileiros não discutiram a escolha de um candidato em comum à sucessão


Cardeal dom Geraldo Majella Agnelo em 2003
Foto: Gildo Lima
Cardeal dom Geraldo Majella Agnelo em 2003 Gildo Lima
ROMA — Quem escolhe o Papa, para os crentes, é o Espírito Santo. E os cardeais costumam dizer que são “iluminados” por ele quando se reúnem num conclave no Vaticano que elegerá o futuro Pontífice: assim sai o nome do sucessor de Bento XVI. Mas um dos 115 cardeais que vão votar no conclave, dom Geraldo Majella - um veterano que em 2005 esteve na lista de cotados para a sucessão de João Paulo II, mas que desta vez não aparece entre os favoritos - já recebeu um sopro com cinco nomes:

Dom Geraldo sorriu e disse:- Algum brasileiro? - perguntou um jornalista.
- De todo lugar, né? De todas as regiões…
E depois o cardeal acrescentou:
- Tenho mais ou menos umas cinco pessoas que estou na marcação - disse, sem revelar segredos de uma escolha que o Vaticano guarda a sete chaves.
Dom Geraldo negou que os cinco cardeais brasileiros que vão participar do Conclave tenham fechado acordo em torno de um nome. Ele falou dos “mistérios da Igreja” e disse que a eleição de um Papa não é uma eleição qualquer:
- Como disse o Papa hoje (quinta-feira), a Igreja é um mistério, no sentido espiritual. Não é um reino deste mundo. Está no mundo, sem ser deste mundo. A preocupação é sempre a mesma: Cristo é a cabeça deste corpo que é a Igreja. Não se trata de uma disputa de lugares (a escolha de um Papa).
Dom Geraldo disse que, no momento, não há ninguém que se sobressaia (como futuro Papa) e que estão “todos mais ou menos nivelados”. Ele descreveu assim a rotina de um conclave:
- O primeiro ato é a missa, logo cedo. Nós levantamos às 6h ou 6h30m. Celebramos a missa, tomamos café e começamos a nos reunir às 8h. Temos momento de reza também, da liturgia das horas.
A votação também segue um ritual:
- Nós teremos na mesa o nome de todos os cardeais presentes. No primeiro escrutínio, a gente vai ter uma dispersão muito grande de votos. Mas pode ser que alguém já apareça com alguns votos à mais.
No segundo escrutínio, explicou, “muitos ficam de lado e alguns começam a emergir e ter uma votação maior”, até que um consiga dois terços. Dom Geraldo diz que já teve contatos com muitos dos cardeais, por conta de seu longo trabalho na Igreja e passagem pelo Vaticano.
- Conheço muitos. Tem alguns que chamam atenção. Alguns que são pessoas que tem qualidades que julgo as necessárias para assumir uma missão.
Outro brasileiro que participará do Conclave, dom Raymundo Damasceno Assis, diz ainda não ter feito sua escolha.
- Não se entra no conclave com nome fechado. Não existe isso. Se você me perguntar se tenho candidato, respondo que não. Vêm nomes na cabeça, mas quem sabe se no conclave não vão aparecer novos? Nós acreditamos sim que se trata de uma eleição, mas não como uma qualquer. É uma eleição em que Deus nos ajuda a encontrar um candidato.


A Palavra do Dia


Modernismo 
Conjunto de movimentos culturais que buscava romper com as tradições acadêmicas. Teve origem na Europa do século XIX, que experimentava avanços científicos e tecnológicos. Marcado por guerras e revoluções, esse período fez aflorar uma série de novas ideias que incitavam mudanças na organização social e na vida cotidiana, bem como nas artes plásticas e na literatura.No Brasil, o movimento foi deflagrado pela Semana de Arte Moderna, em 1922, realizada no Teatro Municipal de Sã o Paulo. Lá foram expostos quadros e realizaram-se saraus, que causaram uma enorme efeverscência na cultura brasileira. Seus artistas negavam o ideário romântico, parnasiano e realista, que era considerado e uropeizante e deformador da identidade brasileira. O modernismo se iniciou a partir de outros movimentos,como impressionismo, cubismo, surrealismo etc., e com eles manteve laços estreitos. Seus principais artistas foram Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, nas artes plásticas. Os renomados escritores Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Olavo Bilac, entre muitos outros, também se destacam na literatura.